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Covid, o sacrifício da recuperação!

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Há situações na vida que só tomamos conhecimento de determinadas minúcias quando nos defrontamos com elas por razões que não podemos negar. Isso vem na linha do que vivi recentemente, quando tive, por razões forçosas, de proceder ao sepultamento de minha mãe. Nunca entro em hospital, nem nunca tinha estado no corredor de uma enfermaria às três da manhã, como tive que estar em razão da estada da minha genitora naquele lugar de recuperação da saúde, internada.

Apesar de serem situações diferentes as doenças que vi sendo tratadas são desiguais ao Covid-19. Mas o que não é diferente é a atenção dos profissionais de medicina no tratamento das mais variadas enfermidades que circulam nos hospitais!

A dedicação, atenção e cuidados com que todos os profissionais dos hospitais tratam os seus enfermos é algo simplesmente comovente! Todos os doentes, por mais inertes que estejam em seus leitos, são tratados com dignidade e respeito! O que mais me chamou a atenção foi a difícil tarefa de lidar com a higienização dos acamados! Lidar com despojos fisiológicos de um doente não é tarefa simples, fácil ou que possa se deixar levar pelo asco da repugnância vinda dos odores naturais do expulsar automático de todos os rejeitos alimentares daquilo que não serve ao organismo!

Curiosamente, naqueles dias em que frequentei intensamente aquela ala de recuperação de doentes, assisti informações, quase festiva, de que tínhamos atingido os “cem mil mortos” levados em nome do Covid-19. A informação foi passada como se o momento pandêmico, que estamos a passar, só tivesse acontecido proporcionado pelo mar de negligências assistenciais por parte de todos aqueles que são responsáveis pela saúde no Brasil!

Não é verdade! Não há negligência nenhuma nos hospitais que tratam do Covid-19! O número de pessoas recuperadas contesta essa satisfação sarcástica vinda de quem não quer mostrar a intensidade dos nossos esforços! As pessoas que foram embora, o fizeram porque o seu organismo não teve preparação adequada para recepcionar a chegada do vírus em seus corpos! Preparação essa que poderia ser provisionada e eficaz se tivesse havido ação, por parte de quem saberia como fazê-lo.

A existência de vírus está muito longe de ser novidade nos nossos contextos sociais! Aids, Zica e H1N1 são alguns, dos muitos conhecidos. Há quem saiba muito bem tratar desses assuntos. Não o fizeram por quê?

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744