Por Max Gonçalves
Pesquisadores da Universidade de Boston (EUA) conseguiram armazenar células-tronco de pessoas que chegaram aos 100 anos e de seus descendentes para realizar uma pesquisa sobre longevidade. O que pretendem com este estudo é descobrir quais são as diferenças que existem no interior das células dessas pessoas centenárias que possa ajudar a trazer uma vida mais longa e mais saudável para todas as pessoas do planeta.
Os cientistas fizeram um avanço importante ao criar a maior biblioteca das chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) de centenários e seus descendentes. O estudo, que se debruça sobre os segredos da longevidade e da resistência a doenças relacionadas ao envelhecimento, como o Alzheimer e as doenças cardiovasculares, abre caminhos para novas terapias e tratamentos focados em um envelhecimento mais saudável.
A equipe analisou como funciona o relógio de envelhecimento das pessoas que ultrapassam os 100 anos de idade. Porque são indivíduos que avançam na quantidade de anos de vida, mas o seu organismo não envelhece no mesmo ritmo. Ou seja, a idade biológica desses indivíduos é significativamente mais jovem. Algumas das pessoas estudadas demonstraram ter até 20 anos de envelhecimento a menos do que realmente tinham em tempo de vida. Especialista em medicina do envelhecimento, Dra. Cynthia Abdalla diz que os resultados dessa pesquisa são promissores, mas destaca a importância de um acompanhamento médico regular por parte de todas as pessoas, especialmente ao entrar na terceira idade. A médica destaca que a chave para um envelhecimento saudável começa muito antes da chegada à terceira idade. Cuidados preventivos, como a avaliação de níveis hormonais e a adoção de hábitos saudáveis, fazem toda a diferença no decorrer do processo de envelhecimento. Uma vida saudável contribui para um envelhecimento mais lento do organismo.
Foto: Mehmet Turgut Kirkgoz