O país é vítima da falta de seriedade e da baixa qualidade de seus políticos, os quais, do ponto de vista ético e moral, bem como de competência, são sofríveis.
A maioria dos indivíduos vai para a política não para colaborar com o seu saber, com sua experiência profissional, mas para tirar proveito da coisa pública sob as mais diferentes formas, como o cabide de emprego, como oportunidade de fazer fluir os seus negócios particulares junto aos órgãos fiscalizadores, etc. Poucos assumem um mandato político visando trabalhar pela nação.
Os políticos nacionais, respeitadas algumas exceções, carecem de seriedades. Fogem de seus deveres constitucionais de votar as leis de interesse social e de fiscalizar com imparcialidade a atuação do Executivo. Grande parte não se importa com as políticas fiscais da nação, ou seja, com o controle dos gastos públicos. Agora mesmo, furando o teto de gastos, foi aprovada a PEC 16/2022, de caráter provisório, para o governo distribuir bilhões de reis a três meses da eleição.
Mas o povo, que elege os políticos, é o verdadeiro culpado por não reprovar o instituto do voto obrigatório, responsável pela eleição e reeleição dessa corja política.
Esses políticos profissionais – puladores de galho, pois estão sempre mudando de partidos, e gazeteiros boa parte deles – só se preocupam com as suas reeleições, tendo em vista que as vantagens auferidas são compensadoras.
Certa feita, o jornal espanhol El País escreveu que ser político no Brasil é um grande negócio, uma dádiva caída do céu, pela quantidade de benefícios concedidos. Por isso, muitos espertalhões abraçam a política.
Onde termina a política, sem dúvida, começa a trapaça. E de trapaceiros políticos o país está cheio