Bate-papo on-line realizado nesta quinta-feira (25) destacou a importância do trabalho social para envolver a população na construção de um mapeamento participativo efetivo
Por: Agência do Rádio/Brasil 61
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, promoveu, nesta quinta-feira (25), um debate on-line sobre o mapeamento participativo para a gestão de riscos de desastres. O evento abordou, com especialistas, a importância da construção de um sistema que envolva toda a sociedade na prevenção de ocorrências.
O debate foi o 12º da série Bate-papo com a Defesa Civil, que é realizada uma vez por mês, com transmissão pelo canal do MIDR no YouTube. A discussão foi mediada pelo analista de infraestrutura da Defesa Civil Nacional, Lucas Mikosz, e contou com a participação da coordenadora de Baixo Carbono e Resiliência Brasil do Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade, Keila Ferreira; da secretária de Segurança Cidadã da cidade de Francisco Morato (SP), Michele Zanini, e da gerente de Pesquisa e Extensão da Defesa Civil de Santa Catarina, Regina Panceri.
O representante da Defesa Civil Nacional destacou a importância do trabalho social para envolver a população na construção de um mapeamento participativo efetivo.
“Uma coisa é o olhar de um técnico, que faz apenas a classificação do local e vai embora. Outra é o envolvimento com a população, explicar o que é um movimento de massa. É um risco diferente de uma inundação, por exemplo. É uma abordagem diferente, mais social, muito mais interessante”, afirmou Lucas Mikosz.
Durante o bate-papo, a secretária Michele Zanini, ressaltou a importância do Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) formado no município de Francisco Morato.
“É uma importante ferramenta. Ele foi pensado para colocar a comunidade em contato não só com a defesa civil, mas com outras secretarias, como a de meio ambiente, infraestrutura e assistência social, para uma discussão bastante ampla, compartilhando conhecimento. Parte dos conceitos é construída com a comunidade, por meio de uma integração do conhecimento técnico com o saber da comunidade, que conhece a localidade como ninguém. Quando integra isso, temos uma resposta mais assertiva”, ressaltou Michele Zanini.
A coordenadora de Baixo Carbono e Resiliência Brasil do Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade, Keila Ferreira, reforça a importância de se ouvir a comunidade para que o mapeamento tenha melhores resultados, mas sempre com apoio técnico.
“A ideia desse tipo de mapeamento tem a base no olhar da população que está naquela área, trabalhar esse olhar, mas com uma base cartográfica. Precisa de um mapa mais técnico, por meio de uma cartografia., que vai ser delimitada no território. A população começa a construir uma ideia de como ela se vê naquele local, quais as percepções. A importância é trazer essa realidade que eles vivem, com um olhar para o todo”, explicou Keila Ferreira.
Já a gerente Regina Panceri citou mais ferramentas importantes e efetivas para a elaboração de um mapeamento participativo.
“Temos ferramentas desde as mais básicas, de cartografia, como utilizar gravetos, fazer desenhos no chão, dependendo da comunidade ou do território, os mapas mentais, em que o grupo focal que participa do mapeamento faz um desenho num papel, na cartolina, a aplicativos e ferramentas on-line”, comentou.
Nas próximas edições do Bate-Papo com a Defesa Civil, serão debatidos temas como a Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP) e sua contribuição para os municípios, gerenciamento de abrigos temporários, inundações nos rios amazônicos e as ações de prevenção e assistência às vítimas, entre outros.
Foto de Capa: Divulgação/MIDR