Assistimos, finalmente, o divórcio, já esperado de uma convivência que já se sabia não andava bem, e estava muito mal, devido ao somatório de lumens, que iluminava duas estrelas, que não podiam ocupar o mesmo espaço, pois uma ofuscava a luminosidade da outra!
De um lado tínhamos o brilho de um ex-juiz de Direito, eficiente, do outro o do Presidente da Republica que, como chefe da Nação, não pode só se preocupar com a sua biografia pessoal e política, mas com o bem-estar da Nação como um todo.
Há circunstâncias nesse episódio que, para quem está longe das lides administrativas governamentais, seguramente não percebeu, mas que, no seu conjunto fazem uma grande diferença.
Por exemplo, o ministro demitido disse, em sua comunicação televisiva, exigir de Sua Excelência, o Presidente da República, uma justificativa que amparasse a demissão de um subordinado de ambos! Sucede que o mandatário maior da Nação tem o poder e autoridade para afastar um colaborador de forma AD NUTUM, ou seja, sem precisar dar maiores esclarecimentos ao afastado pois a ocupação do cargo pode ser revogável pela vontade de uma das partes! O que chama especial atenção é como um profissional do Direito, com tantos anos de rodagem na função pública não leva essa situação em consideração e fica tornando pública essa sua vontade pessoal como se ele desconhecesse esse parágrafo da legislação governamental!
Como sabermos, não há separação sem mágoas, e elas vieram a publico! Sua Excelência se mostrou profundamente magoado por não ter sido esclarecido, ainda, por parte da Polícia Federal, as razões que envolveram a tentativa de homicídio que ele sofrera, de forma absolutamente pública, impiedosa e covarde. O desinteresse ocorreu por quê?
O ex-ministro reclama ter perdido a confiabilidade que lhe fora prometida e que, em determinado momento, viu o seu espaço ser reduzido de forma expressiva! Sucede que um dos filhos do Presidente é funcionário da Polícia Federal e conhece as entranhas do órgão e pode depreender as entrelinhas de funcionamento daquele setor de combate ao universo de qualquer crime!
Das duas manifestações públicas, a do ex-ministro foi extremamente maléfica ao país. Foi pensada, arquitetada, consciente, feita em horário nobre, levando insegurança jurídica aos mercados, com elevação do dólar e uma miríade de estragos no mundo dos negócios e de difícil reversão ao país.