O Ministério da Saúde reforça que é essencial procurar atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ao aparecimento de qualquer sintoma
Entre janeiro a dezembro de 2022, o Brasil registrou mais de 1,4 milhão de casos prováveis de dengue e taxa de incidência de 656,3 casos por 100 mil habitantes. Em comparação com o ano de 2019, houve redução de 7,7% de casos registrados para o mesmo período analisado. Quando comparado com o ano de 2021, ocorreu um aumento de 172,4% casos até a respectiva semana. Sendo a dengue uma doença transmitida pela picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti.
Diante desses números, o Ministério da Saúde reforça: é essencial procurar atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ao aparecimento de qualquer sintoma.
Por isso, é importante ter atenção. Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da dengue são: febre alta, superior a 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos e mal-estar. A doença também pode causar falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
A infecção por dengue também pode ser assintomática, ou seja, sem a manifestação dos sintomas. Ainda de acordo com o Ministério, normalmente, o primeiro indício da doença é a febre alta.
A coordenadora da equipe de Saúde da Família no Distrito Federal, Adryenne de Carvalho Mello, explica que, na fase febril da dengue, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, a coordenadora ressalta a necessidade de procurar atendimento médico em caso de suspeita.
“Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Também é comum ocorrerem náuseas e vômitos, que resultam em perda de peso.”
Adryenne de Carvalho Mello completa que, no período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura. Mas ressalta: algumas situações podem evoluir para formas mais graves da doença, com hemorragia e choque, podendo causar morte.
Nestes casos, segundo a especialista, é preciso estar alerta a sintomas como dor abdominal “intensa e contínua” – ou dor quando o abdome é tocado, vômitos, acúmulo de líquidos e sangramento de mucosas, principalmente nariz e gengivas.
Em qualquer caso, a recomendação é procurar atendimento médico o quanto antes e evitar a automedicação, como ressalta Adryenne.
“O vírus da dengue diminui a produção das plaquetas no sangue, que são responsáveis pela coagulação, e a utilização inadequada de salicilatos, como por exemplo, do AAS [ácido acetilsalicílico] que apresenta ação anticoagulante poderia desencadear uma hemorragia e até levar à morte, dependendo da gravidade do caso.”
Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. Saiba mais sobre as formas de prevenção aos focos do Aedes aegypti e orientações no site www.gov.br/combataomosquito. Ministério da Saúde. Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.