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Desejamos ser felizes

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Um filósofo antigo chamado Sêneca escreve sobre a felicidade, afirmando que, “todos os homens querem viver felizes”. Desejamos a felicidade. Isso é natural em todos os seres humanos, independente de raça, cor, religião ou posição social. Somente alguma pessoa com problema mental poderia desejar ser infeliz.

O problema consiste em saber o que é mesmo a felicidade: Poderíamos cair em erros e confundir a felicidade com a infelicidade: Para Sêneca, a felicidade consiste em vivermos conforme a natureza, ou seja, vivermos de acordo com aquilo que somos na essência. Claro, atualmente essa linguagem não é logo compreensível para as pessoas. Se disser para alguém, “viva conforme a tua natureza e serás feliz”, provavelmente essa pessoa não entenderá. Todas as pessoas compreendem, que de alguma forma, vivem o melhor que podem diante de suas circunstâncias. Viver de acordo com a natureza ou com a nossa essência, nos conduz ao princípio, a nossa origem. Se viemos de Deus, do bem e do amor, então nossa essência profunda é boa, é amor. Vivendo a partir do amor então, seriamos felizes.

Certo é que a vida é bem complexa e que não é simples como dizer. Muitas pessoas são altamente amorosas e sofrem muito, vivem angustiadas. Por isso, a compreensão do que significa a nossa natureza passa pelo autoconhecimento, pela busca de nossa verdade mais profunda, pela compreensão de como nós funcionamos na mente e no coração e de como podemos perseguir e realizar nosso propósito de bem e de amor.

Precisamos ir descobrindo o que de fato torna a vida feliz. Isso porque, com toda certeza, não nascemos para sofrer, para penar a vida toda. A vida tem sim oscilações, mas toda a compreensão de que é preciso aceitar o vale de lágrimas como condição para a salvação, ou para qualquer outra coisa, não é verdadeira. Aprendemos sim com a dor, mas não fomos feitos para a dor e sim par o amor.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745