Georgya Corrêa, diretora pedagógica da escola Teia Multicultural, explica a importância da educação emocional para a atualidade
Por: MF Assessoria
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Diversos fatores contribuem para esse dado, como preocupações sociais, políticas, a violência urbana e etc. A pandemia de covid-19 agravou ainda mais esse quadro, porém, em um projeto de longo prazo, é possível tentar aliviá-lo por meio da educação de crianças em idade escolar.
A educação emocional é um processo que objetiva conhecer, nomear e reconhecer emoções e ensinar formas de lidar com elas. Atualmente, é extremamente importante o ensino e o debate sobre as emoções, visto que, o conhecimento é uma chave essencial para criar bases de um ser humano com saúde mental satisfatória. Para Georgya Corrêa, diretora pedagógica da escola Teia Multicultural, este é um dos desafios dos educadores da idade contemporânea. “É necessário compreender a importância de promover a inteligência emocional. Esse desenvolvimento deve ser incentivado pelas escolas e também pela família, é um trabalho em conjunto”, pontua.
De acordo com ela, o trabalho realizado pode trazer benefícios para os alunos, não só em suas vidas pessoais, como também na construção de suas carreiras profissionais no futuro. “O emocional é algo visado atualmente, com certeza uma pessoa com habilidades de autorregular seus sentimentos, adequando-os bem ao momento e ao local, poderá ser vista como uma boa opção de contratação, por exemplo”, explica a pedagoga. Para Lucas Briquez, diretor executivo da edtech Asas Educação, este é um ponto que vale a pena ser destacado. “Vivemos em um mercado de trabalho que muitas vezes contrata pelas capacidades técnicas, também conhecidas como hard skills, mas que retém e promove o colaborador pelas suas capacidades interpessoais e intrapessoais, que também podem ser chamadas de soft skills”, declara.
Na escola, os benefícios se estendem desde prestar mais atenção, colocar mais esforço nas tarefas, ter níveis menores de estresse, até a possibilidade de mediar conflitos. “Quando incentivamos a inteligência emocional, estamos fomentando as bases para uma criança que controla impulsos, tem bons relacionamentos interpessoais e tem melhores habilidades de comunicação”, afirma Georgya.
Ela acredita que esse desenvolvimento pode ser estimulado desde antes da criança aprender a se comunicar. “Crianças entendem a linguagem não verbal também. Talvez, para ajudar a reconhecer emoções, os adultos possam usar expressões faciais mais claras e também é essencial que eles auxiliem as crianças a nomear suas emoções quando as sentirem”, aconselha a especialista.