De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 30 pessoas ficaram feridas no acidente
Por: Marquezan Araújo/ Agência Brasil61
Um deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), atingiu três embarcações com turistas neste sábado (8). De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 2 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas. A corporação informou, ainda, que o deslizamento está associado ao volume elevado de chuvas na região.
“Os números que nós temos são de cinco óbitos confirmados no Posto de Comando. Temos três vítimas que foram socorridas na Santa Casa de Passos. Temos quatro vítimas que foram socorridas na Santa Casa de São João da Barra. Temos duas vítimas que foram socorridas na Santa Casa de Piumhi. E, um total de 23 atendidos e liberados na Santa Casa de Capitólio”, afirma Coronel Estevão, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais,
Por meio de nota, a Marinha do Brasil informou que enviou equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, “a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local. Um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente/fato ocorrido.”
Chuvas no Sudeste
O volume de chuva previsto para as próximas 24 horas causa alerta em municípios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Kleber Souza, a intensidade da chuva nesses estados deve ser superior a 100 mm, o que pode provocar transtornos.
“Devido à formação de Zona de Convergência do Atlântico Sul, é preciso ter atenção redobrada, principalmente nessas áreas do Brasil, mas também não se descarta a possibilidade de haver volumes significativos em boa parte do Centro-Oeste do Brasil e em algumas áreas do Norte”, explica.
Em meio a essa previsão, o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, destaca a importância de a população ficar atenta e procurar ajuda, caso seja necessário.
“É importante que a população fique atenta e acompanhe a difusão de outras informações nas redes sociais e pelos alertas enviados por SMS. É importante, também, procurar orientações nas defesas civis municipais e estaduais, que precisam ter um planejamento para as ocorrências de chuvas fortes. O ideal é mapear as localidades com maior risco e, se necessário, fazer evacuação preventiva, além de aprimorar os sistemas de alerta e alarme”, ressalta.
Imagens de satélite
O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), assim como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), passou a contar com imagens em alta resolução elaboradas pelo International Charter Space and Major Disasters para mapear as regiões mais afetadas pelas chuvas em todo o Brasil.
As imagens são produzidas a partir de um mecanismo de cooperação global que proporciona o fornecimento gratuito de imagens de geoprocessamento para embasar ações de resposta a desastres naturais e atendimento à população afetada.
Foto de Capa: Redes Sociais/Reprodução