Criaram o Dia Estadual de Proteção aos Animais: 28 de abril. Outros Estados tem também esse dia, ainda que em dias diferentes. Aproveito para dizer, mais uma vez, que não acredito muito nessas ONGs ou como quer que se chamam, que prometem proteger os animais.
Não generalizo, porque vejo, de vez em quando, uma dessas organizações oferecendo cães que foram recolhidos ou que foram entregue a eles, para adoção. Há quem se dedique e faça um trabalho meritório.
Mas sei de pessoas que chamaram entidades de proteção para recolher cães ou gatos machucados e uma vai empurrando para outra e a gente acaba não conseguindo que ninguém tome providência.
E já aconteceu comigo, também. Fiz queixa na polícia, pois havia uma casa abandonada com quatro cães que não recebiam nem água nem comida – um inclusive estava doente, esquelético – e com boletim de ocorrência e tudo foi um custo conseguir que alguém viesse ver o que estava acontecendo. E acabou em nada. Os cães foram desaparecendo, um a um e agora existem outros no lugar deles.
Então sou meio descrente. O que fica evidente é que essas entidades protetoras fazem muito alarde quando há casos como um dos mais marcantes que aconteceu em Florianópolis, que revelou a morte de vários cães à bala, num abrigo da polícia. Aí aparecem os defensores na mídia, fazendo muito barulho.
Mas os cães abandonados, doentes, machucados e com fome continuam aumentando nas ruas das cidades. Quando não há mais nada a fazer, eles se levantam, fazem um auê. Mas quando os bichos estão vivos e é preciso fazer alguma coisa, a responsabilidade é de outrem.
É claro que não imputo a responsabilidade de proteção aos animais apenas a essas ONGs que adoram aparecer na mídia. O cidadão comum, que decide ter um bicho de estimação deve pesar bem a sua decisão, pois há que se considerar muita coisa, para depois não abandonar o cão num bairro mais afastado do seu para não correr o risco de ver o bicho de volta. Precisa saber o tamanho do animal, quando adulto, se ele pode ser criado em apartamento, se ele não vai ficar sozinho o dia inteiro e confinado a um lugar minúsculo, precisa dar as vacinas, levar ao veterinário quando ele ficar doente e não largá-lo, simplesmente, por isso ou por latir, ou por ter crescido, etc. etc.
Então a responsabilidade é muito nossa, que pegamos um animal de estimação e depois o abandonamos, como se fosse uma coisa. Isso é crueldade.
Que esse dia sirva, pelo menos, para uma boa reflexão sobre o que devemos e o que não devemos fazer com nossos bichos de estimação.