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Dia Internacional da Epilepsia: neurologista explica que paciente pode ter qualidade de vida

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Por: Lilian Christine

 

O Dia Internacional da Epilepsia é um evento global, celebrado anualmente na 2ª segunda-feira de fevereiro, para promover a conscientização sobre a doença que acomete 2% da população no Brasil e afeta em torno de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ainda há muito preconceito e falta de informação, porém as pessoas com epilepsia podem ter uma vida normal, se seguirem o tratamento adequado com a medicação de uso contínuo prescrita pelo médico neurologista.

A epilepsia não é uma doença mental, e sim neurológica e não contagiosa, em que há perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, que resultam em atividade elétrica cerebral exagerada culminando em crises recorrentes. Suas consequências são cognitivas, psicológicas e lesões estruturais sociais.

 “A doença é definida por crises epilépticas e, dependendo da região do cérebro em que houver a ativação, o paciente pode ou não perder a consciência e depois voltar ao normal, ainda com aspecto confuso, olhar perdido e com movimentos sem propósito com as mãos”, explica Guilherme Torezani, coordenador de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí e do Hospital e Clínica de São Gonçalo.

Conhecendo a Epilepsia

Os sintomas variam bastante, de amenos a manifestações mais graves, e alguns sinais das crises convulsivas são:

• Perda de consciência;

• Contrações musculares;

• Lapso de memória;

• Confusão mental;

• Morder a própria língua;

• Alterações de movimento ocular;

• Emissão de sons, como gritos.

Causas e Tratamento

 Segundo Torezani, são inúmeras as causas que podem levar à epilepsia, como: complicações do parto, predisposição genética, distúrbios neurológicos (ex: infecções do sistema nervoso central), reação à medicamentos, traumatismos, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e tumores, por exemplo.

“A idade também é um fator que deve ser levado em consideração, principalmente em crianças, uma vez que sua causa pode ser associada ao neurodesenvolvimento”, explica.

Alguns remédios antiepilépticos são utilizados para o controle e a frequência de crises. Outras opções de tratamento disponíveis, como cirurgias, são utilizadas apenas em casos mais graves, nas chamadas “epilepsias refratárias”.

Mais recentemente, o canabidiol, conhecido como CBD passou a ser utilizado sob prescrição médica para o tratamento da epilepsia por controlar tanto a quantidade como a intensidade das crises convulsivas.

“A maioria das pessoas com epilepsia pode ter uma vida normal, com controle das crises. O importante é ter o diagnóstico o mais cedo possível para que o tratamento adequado possa ser prescrito ao paciente”, conclui o neurologista.

 

 

Foto de capa: Rawpixel.com/Freepik

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