É preciso valorizar este precioso líquido, que é o mineral essencial à existência de qualquer forma de vida na terra
Por: Del Valle Editoria
O dia 22 de março foi oficialmente nomeado pela ONU, através da resolução A/RES/47/193, como o Dia Mundial da Água, uma forma de chamar a atenção da população para a importância da água doce e defender o manejo sustentável dos recursos hídricos.
Nesta data em 1992, a ONU divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, em 10 artigos. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. A água é um patrimônio da humanidade e todos são responsáveis pela sua conservação.
“Nos primeiros séculos da civilização, a água superficial era a única fonte conhecida pelos povos. O número de pessoas era muito pequeno, moravam nas margens dos rios e a água era relativamente pura”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
No século XX, com o aumento expressivo da população, onde os rios se tornaram exauridos e poluídos, a dependência do bombeamento de águas subterrâneos aumentou e, ao fazê-lo, descobriu-se que existe um padrão de poluição penetrante. E, nestes mananciais, diferente dos rios, a poluição é geralmente irreversível.
A água dos aquíferos se move dentro da Terra com lentidão glacial e seus poluentes são acumulativos. Diferente dos rios, os aquíferos se transformam em tanques para poluentes, diminuindo desta forma a quantidade de água pura que podem produzir para consumo humano. Sendo assim, quando é bombeada a água subterrânea gera um prejuízo para as gerações futuras.
“Em 2019, a escassez de água foi listada como um dos maiores riscos globais em termos de impacto potencial na próxima década. Em contrapartida, segundo os dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), ambas ligadas ao governo federal, à indústria e agricultura são os setores que mais gastam energia elétrica e água no Brasil”, relata Vininha F. Carvalho.
Conforme a ONU, 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável, portanto, está mais que na hora das indústrias revisarem seu comportamento com práticas sustentáveis.
Segundo Fernando Barros, diretor de comunicação estratégica do Fórum do Futuro, o Brasil será um player muito especial na questão da água, já que, atualmente, é dono de 12% do total de água doce do planeta, o que torna esse recurso natural um elemento estratégico.
“O Novo Marco Legal do Saneamento, sancionada em julho de 2020, a Lei 14.026 permitirá garantir e dar mais segurança para a participação privada. Ela ordenou de maneira correta os deveres e as responsabilidades dos agentes públicos e privados para que, até 2033, mais de 99% das pessoas passem a ter acesso à água tratada e 90% passem a contar com a coleta e tratamento de esgoto”, conclui Vininha F. Carvalho.