Especialista em Direito Médico, Mérces da Silva Nunes destaca os benefícios do novo formato, mas critica prazo para mudanças
Por M2 Comunicação
Para a especialista em Direito Médico, sócia do Silva Nunes Advogados e autora do livro “O direito fundamental à alimentação e o princípio da segurança”, Mérces da Silva Nunes, a mudança vem em bom momento. “Um dos aspectos positivos é que entre os direitos essenciais do consumidor está o da informação clara e inequívoca, e isso vai passar a ser respeitado pelos fornecedores, que serão obrigados a informar a qualidade dos nutrientes usados na preparação dos alimentos e bebidas”. As informações na região frontal das embalagens devem auxiliar o consumidor pela escolha mais saudável “Hoje, nem todos têm paciência para ler as informações, pois elas são praticamente ininteligíveis”.
A norma deverá entrar em vigor em dois anos. Tempo para a indústria se adaptar. O prazo é criticado pela especialista. “É um tempo muito longo para essa adaptação, e durante esse período o consumo de alimentos não saudáveis continuará acontecendo sem nenhuma interrupção, o que é bastante ruim para a saúde dos consumidores em geral, pois muitos não têm a menor consciência da quantidade de ingredientes não benéficos para a saúde que eles têm consumido”, conclui Mérces.