Falta de exercícios pode causar diversos tipos de doenças, além de piorar a qualidade de vida. Memória e inteligência também ganham com práticas esportivas
Por Luiza Lafuente
A falta de atividades físicas é um dos fatores responsáveis por muitas doenças e condições que agravam a saúde. Para alertar sobre a importância de incluir a prática de exercícios no cotidiano, no dia 10 de março é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. A data alerta para dados preocupantes: hoje, quatro em cada cinco adolescentes são sedentários, ou seja, 81% dos jovens entre 11 e 17 anos não realizam nenhum tipo de atividade física. Nos adultos, o sedentarismo está presente em 23% dos indivíduos.
O levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) traz à tona a importância de se adotar uma rotina saudável, que além de melhorar a qualidade de vida, evita diversos tipos de doenças. “Através do movimento, garantimos a boa qualidade do funcionamento de todos os sistemas, como o coração e pulmões, equilíbrio hormonal e controle da absorção de açúcares e gorduras”, explica o educador físico do Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba, Honorio Petersen Hungria Junior. Segundo ele, além dos esportes praticados pelos alunos durante o período escolar, os pais e educadores também são estimulados a se exercitar. “Os adultos podem participar dos grupos de corrida e das aulas de pilates, por exemplo, dando um bom exemplo para os jovens”.
Prevenção de doenças
Por outro lado, o sedentarismo pode contribuir para o aparecimento de doenças crônico degenerativas. Junior alerta que pessoas que não praticam atividades físicas têm mais chances de desenvolverem obesidade, hipertensão, diabetes, coronariopatias, lesões osteoarticulares, além de perdas de massa óssea e muscular com o avanço da idade. A atividade física também ajuda no controle do peso, contribui para a saúde mental e previne condições como a pressão alta.
De acordo com dados da OMS, no Brasil, 47% da população não faz atividade suficiente — 53,3% das mulheres e 40,4% dos homens admitem que se exercitam menos do que deveriam. Ao todo, 25% da população mundial, ou seja, 1,4 bilhão de pessoas, está no grupo de alto risco das doenças que mais matam e debilitam. Para que as metas da OMS de reduzir o sedentarismo em 10% até 2025 e em 15% até 2030 se concretizem, é preciso tomar medidas urgentes de conscientização contra o sedentarismo.
Caminhar, correr, pedalar, nadar, praticar ginástica e até jogar bola são opções válidas para se combater o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida. Antes de começar a se exercitar, é aconselhável consultar um médico para verificar o estado de saúde atual, e também procurar um profissional de Educação Física que poderá orientar sobre as atividades mais adequadas a cada perfil.