Reconhecer a pluralidade humana e entendê-la por meio da história social e da construção feita pelo audiovisual são pontos essenciais do Seminário Audiovisual, Política e Diversidade, que teve início na última segunda-feira, 27, no campus de Vitória da Conquista.
Com abordagens tão múltiplas quanto a temática em questão, o evento contou com a presença do professor e deputado federal Jean Wyllys na conferência de abertura, discutindo questões que envolvem a comunidade LGBT e os direitos humanos. Nome de destaque quando o assunto é voltado para as questões de diversidade sexual e de gênero, Wyllys fez um apanhado histórico dos direitos humanos e da homofobia, além de dialogar com as representações do audiovisual e, sobretudo, com o poder de refletir e interferir da política com essas questões.
Produtor, roteirista e apresentador do programa “Cinema em Outras Cores”, exibido no Canal Brasil, Wyllys encara a iniciativa da Universidade como fundamental para desconstrução de preconceitos e formação virtuosa do estudante. “A Universidade tem o propósito de ampliar o repertório do aluno, de dilatar sua sensibilidade, de ampliar seus conhecimentos e, consequentemente, desconstruir seus preconceitos. Um aluno não pode entrar na Universidade e não reconhecer a diversidade étnica, a pluralidade dos homens e das mulheres, a diversidade sexual”, opina.
Reafirmando a importância do espaço universitário em discutir debates voltadas para os direitos da comunidade LGBT, o professor Fábio Félix, vice-reitor, destaca o desejo de que ações como essas sejam contínuas. “Esse evento contribui significativamente para o aprofundamento de um debate, que se faz necessário, para a discussão e formulação de políticas públicas promotoras de direitos e de cidadania para esses segmentos sociais. Reconhecemos que esse debate deve ser feito de modo continuado, nas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, buscando sempre cumprir com nosso papel de universidade pública, gratuita, democrática, igualitária e emancipatória”, destaca Félix. Em 2014, a Uesb foi a primeira universidade pública da Bahia a aprovar uma resolução, no Conselho Superior da Universidade, que assegura o direito do uso do nome social para transexuais e travestis.