Por Marcelo Souza*/ Via LC Comunicação
Mais do que nunca, os dispositivos eletroeletrônicos se tornaram parte integrante de nossas vidas diárias. De smartphones a geladeiras, esses dispositivos oferecem conveniência e conectividade cada vez mais inteligentes. No entanto, a produção, utilização e eliminação de produtos eletroeletrônicos também contribuem significativamente para os desafios ambientais, incluindo o esgotamento de recursos, o consumo de energia e a geração de resíduos (REEE).
A produção de dispositivos eletroeletrônicos começa com a extração de matérias-primas como metais (cobre, alumínio), minerais (elementos de terras raras) e plásticos. O processo de extração contribui para a destruição do habitat e o esgotamento dos recursos; e a fabricação envolve operações que consomem muita energia, gerando emissões de gases de efeito estufa. Também gera resíduos na forma de componentes defeituosos, que não podem ser reutilizados ou reciclados.
Durante a fase de uso, os dispositivos consomem energia, contribuindo para as emissões de carbono se a fonte de energia não for renovável. À medida que os dispositivos se tornam obsoletos ou apresentam mau funcionamento, eles são descartados, causando o crescente problema do lixo eletrônico. Muitos dispositivos acabam em aterros ou incineradores, o que pode acarretar a poluição do solo e do ar devido a materiais tóxicos. Métodos de descarte inadequados agravam os problemas ambientais. A reciclagem pode mitigar o impacto ambiental através da recuperação de materiais valiosos. Porém, o processo de reciclagem enfrenta desafios como a necessidade de separar componentes com diferentes densidades e materiais.
Nesse cenário, as estratégias de Economia Circular (EC), referidas como os R’s incluem reduzir o uso de matérias-primas virgens e a geração de resíduos por meio do design de produtos, com ciclos de vida mais longos e com baixo consumo de energia; promover o reuso por meio da reparabilidade e programas de remanufatura; melhorar os processos de reciclagem e desenvolver tecnologias para uma separação mais eficiente de materiais; e recuperar materiais de dispositivos que foram descartados e reintegrá-los em novos produtos.
De forma a implementar as estratégias de economia circular, faz-se necessário o uso consciente das matérias-primas virgens, visto que o fornecimento responsável e o uso eficiente podem reduzir o impacto ambiental. Por isso, práticas sustentáveis de gestão de materiais na produção, incluindo redução de desperdício e consumo de energia, são vitais. Além disso, projetar produtos tendo em mente a desmontagem e a reciclabilidade, criar dispositivos modulares e promover a gestão responsável são passos essenciais para reduzir o desperdício na fase de fim de vida.
O ciclo de vida dos eletroeletrônicos contribui significativamente para a geração de resíduos e para os desafios ambientais. Para resolver estas questões, é crucial adotar os princípios da economia circular, melhorar a concepção dos produtos e adotar práticas responsáveis em quesito de matérias-primas. As inovações são necessárias para superar os desafios da reciclagem e criar um futuro mais sustentável.
*Marcelo Souza é especialista em economia circular, professor universitário e autor da antologia Reciclagem de A a Z. Também é presidente do Instituto Nacional de Economia Circular, CEO da Indústria Fox – Economia Circular
Foto: Freepik
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