Por: MF Press Global Gestão geral
. O especialista em finanças Lucas Battistoni afirmou que é possível que não haja mudanças representativas na economia mundial, no entanto, nos 15 países da comunidade britânica, há uma perda simbólica.
“Foram 70 anos de reinado e na monarquia mais famosa do mundo. As pessoas nasceram e ela já estava lá, já era a rainha. Então, por esse lado, essa morte vai sacudir com certeza a Inglaterra, que já estava acostumada com aquele governo e isso poderá gerar um efeito financeiro de bilhões de libras porque tem toda uma questão burocrática, como por exemplo o recolhimento das cédulas de dinheiro com o rosto dela. Então, nesses países todos, as libras terão o rosto estampado do rei Charles”, explicou.
Lucas também pontuou que a crise inflacionária e até as crises políticas envolvendo a Escócia e Irlanda do Norte, podem ser intensificadas com a partida da rainha. Além disso, a libra esterlina pode sofrer com uma desvalorização e os custos de vida podem aumentar ainda mais.
Já na quinta-feira, a primeira-ministra Liz Truss anunciou que o governo limitará os preços domésticos de energia para residências e empresas, com objetivo de fornecer alívio a uma crise de custo de vida antes do inverno europeu. Vale lembrar que o Reino Unido tenta se fortalecer fora da União Europeia e em meio a uma crise econômica que toma o velho continente. A crise é um resultado da triste soma da pandemia da covid-19 à guerra entre Rússia e Ucrânia, que faz a inflação estar em alta por lá.
Por fim, Lucas reforçou que o impacto burocrático com as mudanças de reinado são o que de fato pode acentuar alguns dos problemas que já existiam. Mas, no geral, uma “crise econômica” mundial por causa do falecimento da rainha não é algo que possa acontecer.