Evento abordou ações e formas de comunicar a população e gestores em casos de ocorrências de desastres, com o objetivo de prevenir e mitigar seus efeitos
Por: Agência do Rádio/Brasil 61
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, promoveu, nesta quinta-feira (30), um debate on-line sobre a comunicação na gestão de riscos e desastres. O evento abordou, com especialistas, estratégias e formas de comunicar a população e gestores em casos de ocorrências de desastres, com o objetivo de prevenir e mitigar seus efeitos.
O debate foi o décimo da série Bate-papo com a Defesa Civil, que é realizada uma vez por mês, com transmissão pelo canal do MIDR no YouTube. A discussão foi mediada pela assessora técnica da Defesa Civil Nacional, Luana Gonçalves de Sousa, que destacou a importância de que a população receba informações de fácil entendimento para que as ações sejam assertivas.
“Começamos construindo uma comunicação técnica, mas ela precisa ser trabalhada para ser repassada aos demais de forma mais clara, para que a comunidade receba essas informações e se sinta dentro das medidas de autoproteção. É desafiador, mas muito necessário”, ressaltou Luana.
Professora da Universidade Metodista de São Paulo, das Faculdades Paulus de Comunicação (FAPCOM) e da FGV LWA, Cilene Victor alertou para um conjunto de fatores importante na disseminação de informações sobre os riscos de desastres.
“É preciso juntar a atuação das defesas civis nacional, estaduais e municipais e promover a interação com as diversas instituições ligadas ao tema, como, por exemplo, dialogar com escolas, além do trabalho da imprensa na disseminação das informações. Também é preciso amplificar a voz das comunidades. Não pode haver distância entre a defesa civil e a comunidade”, destacou Cilene.
Coordenadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Rachel Trajber, também enfatizou a importância de que seja dada voz às comunidades e que as escolas sejam envolvidas.
“Temos que pensar em diversas áreas que interagem. Na produção do conhecimento pelas comunidades e escolas, saber o que está sendo feito com o monitoramento, com a comunicação. Todas essas áreas da comunicação estão interligadas. As comunidades têm pouca voz. As escolas e as comunidades precisam começar a ter muito mais contato com esse conhecimento”, afirmou.
Nas próximas edições do Bate-Papo com a Defesa Civil, serão debatidos temas como a Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP) e sua contribuição para os municípios, gerenciamento de abrigos temporários, inundações nos rios amazônicos e as ações de prevenção e assistência às vítimas, entre outros.