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EM MAIA

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Eu sou a poesia

Que estertora

Enquanto você ora

Para os deuses pagãos;

Enquanto a humanidade,

Sempre agindo como gado,

Segue a guia.

Eu sou o desprazer de compreender

Que o vício

Agora é normal e antinatural é só

Meu estupor.

A poesia chora

Em versos anônimos e mais, deplora os próprios ais

Perdidos no espaço

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745