Por Joana D’Arck Cunha Santos – Comunicação WZ
A tramitação de dez Projetos de Lei que tratam de proibição de canudos e sacolas plásticas nos restaurantes, bares, e diversos estabelecimentos comerciais do estado, levou dirigentes de sindicatos e entidades ligadas à indústria do setor a procurar o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal, e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Zé Raimundo, para reunião sobre o assunto, ocorrida na tarde desta segunda-feira, 16, no gabinete da Presidência da Alba.
Eles manifestaram a preocupação com os impactos financeiros sobre a indústria e alertam que isso consequentemente refletiria no aumento de desemprego. No entanto, disseram que reconhecem a necessidade de uma ampla legislação e uma política de controle ambiental, especialmente na reciclagem de produtos plásticos. A indústria de plásticos na Bahia está concentrada nos municípios de Camaçari, Lauro de Freitas, Salvador e Vitória da Conquista e de acordo com os empresários as 220 empresas do setor geram 11 mil empregos diretos, com um faturamento anual de R$ 3 bilhões.
O presidente da ALBA, Nelson Leal ficou de propor aos líderes partidários e presidentes das comissões a realização de debate sobre a questão que possa aprofundar e esclarecer a situação. Zé Raimundo observou que “Já existem boas experiências legislativas que articulam as exigências para combater o desperdício e os danos ambientais, nas diversas atividades produtivas”.
Os dez PL’s que tratam da questão do uso de canudos, sacolas, sacos e diversas embalagens plásticas são de autoria dos deputados Euclides Fernandes, PL 16319/07; Marcelle Morais, PL 21191/15; Alex da Piatã, PL 22869/18; Mirela Macedo, PL 23075/19; Marcel Moraes, PL’s 23116/19 e 23117/19; Osni Cardoso Lula, PL’s 23233/19 e 23234/19; Maria Del Carmem Lula, PL 23341/19; e Pastor Isidoro Filho, PL 23408/19.
O presidente da CCJ explica que esses projetos sobre o consumo de produtos plásticos “refletem uma natural preocupação ambiental, mas que têm grandes implicações do ponto de vista econômico”. Zé Raimundo espera que as discussões nas comissões garantam “um caminho para as questões ambientais e, ao mesmo tempo, não criem obstáculos à geração de empregos no Estado
Participaram da reunião os presidentes do Sindiplasba, Luiz Oliveira; do Sindiplasf, Luiz Neto; do Sinpeq, Roberto Fiamenghi; o diretor executivo da Fieb- Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Vladson Menezes, e o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense.