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Endometriose pode ser diagnosticada na adolescência, o que garante mais qualidade de vida às mulheres

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Médicos credenciados Omint, especialistas no tratamento da endometriose, falam sobre cuidados, tratamentos e acompanhamento de adolescentes com a doença

Por: Tamer Comunicação

A endometriose é uma doença que afeta muitas mulheres em idade fértil, mas também pode se manifestar na adolescência, causando dor e desconforto. É uma condição em que o tecido que reveste o útero, chamado de endométrio, cresce fora dele, em outros órgãos da pelve, como os ovários, as trompas, o intestino e a bexiga. Esse tecido reage aos hormônios do ciclo menstrual, sangrando e inflamando a cada mês, o que pode causar dor, aderências e até mesmo infertilidade.

Segundo o médico credenciado Omint, Mariano Tamura, ginecologista e obstetra, o diagnóstico da endometriose é feito por meio de uma avaliação clínica detalhada, com anamnese, exame físico e exames complementares. “Os exames de imagem mais utilizados são a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética pélvica, que podem identificar os focos de endometriose e sua localização. Mas mesmo com diversos meios disponíveis, esse diagnóstico é muito difícil e pode demorar até 8 anos para ser feito”, explica.

O principal sintoma da endometriose é a cólica menstrual intensa, que não melhora com analgésicos comuns e que interfere nas atividades diárias. “É preciso ficar atento também a outros sintomas, que podem incluir dor pélvica crônica, dor durante ou após a relação sexual, sangramento menstrual excessivo ou irregular, dor ao urinar ou evacuar, fadiga, alterações de humor e queda na qualidade de vida”, comenta Tamura.

Adolescência

O diagnóstico da endometriose na adolescência é um desafio, pois muitas vezes os sintomas são confundidos com os desconfortos normais da menstruação ou com outras doenças. Além disso, há um atraso entre o início dos sintomas e a busca por ajuda médica, o que pode levar a um agravamento da doença.

Para que o diagnóstico seja mais rápido, o auxílio da família é importante e pode fazer toda a diferença. “A mãe pode ajudar muito a filha, principalmente buscando informações confiáveis sobre a doença e compartilhando-as com a filha. Isso pode ajudar a esclarecer dúvidas, desfazer mitos e reduzir o estigma em torno da endometriose”, diz o médico ginecologista e obstetra, também credenciado à Omint, Rubens Paulo Gonçalves Filho.

Ainda segundo o médico, o apoio emocional e a compreensão de suas dificuldades é algo extremamente necessário, já que a endometriose pode afetar a autoestima, o humor e a qualidade de vida da adolescente. “A mulher, por sua natureza, é muito tolerante à dor, então quando ela sente uma dor que chega a ser incapacitante, como pode ser a da endometriose, isso precisa ser investigado o quanto antes, para que soluções sejam tomadas com celeridade”.

O tratamento da endometriose na adolescência depende da gravidade dos sintomas, da extensão da doença e do desejo de engravidar no futuro. O objetivo do tratamento é aliviar a dor, controlar o crescimento do tecido endometrial e preservar a fertilidade. “Medicamentos para suprimir a ovulação e reduzir os níveis de estrogênio no organismo, como os anticoncepcionais, são os mais utilizados para controle da doença, já que a endometriose não tem cura. A cirurgia laparoscópica pode ser indicada para casos de dor refratária ao tratamento medicamentoso, de endometriose profunda ou de comprometimento de órgãos vitais, e deve preservar ao máximo a função dos órgãos afetados”, complementa Tamura.

Os médicos garantem também que o incentivo à adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, exercícios físicos e sono regular, podem ajudar a aliviar os sintomas e a prevenir complicações da endometriose. Além disso, o acompanhamento psicológico pode ser indicado.

Foto de Capa: Freepik

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