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ENTRANHAS

Publicado em

À “DONA” VANZINHA

 

Foi atravessando pontes,

matas, arroios, riachos

que eu cheguei aqui.

Envolvida em líquidos protetores

eu sobrevivi

e nasci.

No colo cálido

do útero amigo

desfrutei mordomias.

Me alimentei, preguiçosa…

Respirei o ar comum

do ser amado.

Esperei chegar o dia

de viver por mim…

E, agora, desejo consciente

de voltar ao aconchego

das entranhas que me geraram.

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