Natal palavra de origem latina que significa nascimento, lugar onde se nasceu; o torrão natal, que diz respeito ao natalício.
Desde o século IV, o nascimento de Jesus Cristo é comemorado no dia 25 de dezembro, data convencionada pelos cristãos, que é celebrada nesse dia e renova a presença de Deus entre os homens. A festa de Natal católica é marcada liturgicamente por quatro missas, entretanto, apenas uma, a Missa do Galo, celebrada à meia-noite, é consumada, que por questões de segurança o horário foi mudado e as igrejas determinam a hora a ser realizada de acordo com a orientação da sua diocese.
Desde o século III d.C. a igreja absorveu e deu caráter cristão às celebrações pagãs do solstício de inverno, escolhendo a data de 25 de dezembro para festejar o nascimento de Cristo. Entretanto, a data exata do nascimento de Jesus é inteiramente desconhecida.
É bom frisar que a “festa de Natal” não se inclui entre as festas bíblicas, justamente por ser uma festa de origem pagã, pertencente aos idolatras que a comemoravam com bebidas e orgias.
Não se registra na Bíblia qualquer mandamento ou instrução alguma para a comemoração do nascimento de Cristo. Entretanto, há orientação para a lembrança da sua morte e ressurreição que proporcionou a vida para a humanidade. Ver Coríntios 11.24-26 e João 13.14-17.
Atualmente, a festa do Natal é uma época de grande atividade comercial, troca de presentes, reuniões e refeições familiares. As comemorações incluem músicas da época, canções antigas e novas são relembradas; árvores de natal enfeitadas; cartões de Boas Festas; as guirlandas ou “coroa de Natal” que são colocadas nas portas como sinal de boas vindas; velas e luzes que, hoje, na era eletrônica são elétricas; fogos de artifícios; presépios e o indispensável Papai Noel – uma invenção americana com fito comercial, e que encantam as crianças que crêem na sua generosidade.
Portanto, uma festa de ricos e remediados que lembram o evento, sem se importar com o espírito cristão que comunga o nascimento do Salvador que deu a sua vida em favor da humanidade.
Por outro lado, os pobres ficam ávidos pelas migalhas ou sobras dos poderosos e, a bondade de alguns cristãos, que se encarregam de distribuir presentes e de levar um pouco de alegria e solidariedade aos necessitados, que vivem em estado de miséria em favelas e nas periferias abandonadas pelo poder público e pelo descaso da elite que os discriminam.
Esse estado de miséria comove alguns que se conscientizam de que o ensinamento de Cristo não está sendo cumprido – a solidariedade e o amor ao próximo. Sendo Ele um grande revolucionário que adotava os pobres e escarnecia os ricos pela sua avareza, pelo amor às riquezas e aos bens materiais e sentenciou: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus. (Lucas 18,25)
Por conseguinte, o espírito natalino está sendo desvirtuado, o apelo comercial e festivo do momento tem sobrepujado o sentimento religioso cristão que comemora a data com fervor e alegria de fé incontida na figura do Mestre, filho da virgem Maria.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João 8,32
“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” Êxodo 20.1-6.
Para os católicos essa Verdade não têm nenhum significado, entretanto, Martinho Lutero, teólogo e reformador alemão (1483-1546) e João Calvino, (1509-1564), teólogo e reformador cristão, um dos grandes nomes da reforma protestante adotaram um novo conceito religioso de interpretação dos conceitos bíblicos e os divulgaram conforme constam na bíblia, abominando a idolatria, como conceitua o Evangelho.
“Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se a fizerdes” João 13.17.
Essa é a minha visão de cristão, que aproveita a oportunidade para desejar a todos que, Jesus Cristo encontre hospedagem nos seus corações e possa nascer na sua vida neste natal.
FELIZ ANO NOVO!
Antonio Novais Torres
antorres@terra.com.br
Brumado em 18/12/2007.