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Esclerose Múltipla: doença neurológica afeta 15 a cada 100 mil brasileiros

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Agosto Laranja reflete sobre os cuidados para a manutenção da qualidade de vida do paciente

Por: Vania Castro 

Cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela Esclerose Múltipla. No Brasil, temos 15 casos para cada 100 mil habitantes. A Esclerose Múltipla é a doença neurológica que mais afeta jovens no mundo, principalmente mulheres. A Lei nº 11.303/2066 instituiu o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla para a conscientização em relação à doença e dos enfrentamentos que seus portadores passam.

“A esclerose múltipla é uma doença  desmielinizante autoimune, provocada por processos degenerativos e inflamatórios que vão comprometer a bainha de mielina”, explica Daniela São Paulo, Mestra e especialista em Neurologia, e professora do colegiado de Fisioterapia da Unex.

Conscientização e tratamento

No Brasil, cerca de 74% dos pacientes identificados com a doença são mulheres. De acordo com o levantamento realizado pela pesquisa Esclerose Múltipla – Perfil do Paciente, feito pela HSR Health, desse número, 71% possui Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR); 14% Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP) ; 10%, Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP); e 5% ainda não foi diagnosticado com o tipo da doença.

“A doença se caracteriza por períodos de surtos e remissões. Os surtos, períodos de desmielinização, acontecem a cada surgimento de um novo sintoma”, explica Daniela.

Através da fisioterapia neurológica é possível obter uma importante melhora na qualidade de vida dos pacientes, já que estes sofrem com limitações da esclerose múltipla.

“Nas doenças diretamente ligadas ao sistema imune, os exercícios de fisioterapia neurológica podem agir de modo preventivo e, também, para evitar que os sintomas piorem”, salienta a professora da Unex.

As técnicas utilizadas são essenciais para diminuir as limitações e as deformidades que possam surgir, principalmente quando começam os primeiros sinais de fraqueza muscular e o comprometimento do equilíbrio.

“Temos sintomas que são mais comuns, o que não quer dizer que exista um padrão. Portanto, o paciente pode apresentar diminuição de força muscular, alterações sensitivas, alteração da marcha, parestesias, dificuldade na coordenação e equilíbrio, além de alterações cognitivas”, salienta a profissional.

“O nosso objetivo enquanto fisioterapeuta é melhorar a qualidade de vida desse paciente, manter a independência funcional, melhorar força, marcha e equilíbrio e as demais alterações que possam surgir”, conclui.

Foto de Capa: Divulgação

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