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Especialista em água de Israel elenca soluções para superar crise

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Alternativas eficazes para derrotar a crise hídrica. Na tarde desta segunda-feira (20), durante palestra com tema “Gestão do ciclo hídrico em regiões de escassez”, o engenheiro e Chefe do Departamento de Companhias de Água da Autoridade Israelense de Águas, Amir Schischa, elencou como o país, que no auge da seca chegou a ver a subsistência ameaçada, venceu o problema e hoje possui água em abundância. O evento foi de iniciativa da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), empresa vinculada a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (Sihs),  em parceria com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea-Ba).

 

Conforme ele fez questão de explicar medidas pontuais foram tomadas, a exemplo da orientação a se tomar banhos de no máximo dois minutos, lavar carros sem mangueiras, e só quem era rico o suficiente para absorver o custo da manutenção de um gramado foi autorizado a regá-lo, mas somente à noite, porém vale destaque para o grande esforço nacional para dessalinizar água do Mediterrâneo e reciclar águas residuais. “Que proporcionou ao país água suficiente para todas as suas necessidades, mesmo durante as secas graves”, disse, frisando que mais de metade da água destinada às famílias, à agricultura e à indústria em Israel atualmente é produzida artificialmente.

 

Cinco grandes usinas privadas de dessalinização entraram em operação ao longo da última década. Juntas, elas produzirão mais de 492 bilhões de litros de água potável por ano, com a meta de chegar a 757 bilhões de litros até 2020. “Tornando Israel líder mundial na reciclagem de águas residuais para a agricultura. O país trata 86% do seu esgoto doméstico, reciclando-o para uso agrícola -volume que representa cerca de 55% de toda a água utilizada na agricultura”.

 

Mais além, o governo de Israel fez cortes nas quotas anuais de água aos agricultores, encerrando décadas de uso extravagante e fortemente subsidiado de irrigação agrícola. A sobretaxa para o uso doméstico foi adotada no final de 2009, e um sistema tarifário com duas alíquotas passou a vigorar. O uso regular da água para fins domésticos agora é subsidiado pelo imposto ligeiramente superior que os usuários pagam quando ultrapassam o consumo básico. “E todo dinheiro arrecadado com a cobrança da água é reinvestido na infraestrutura”.

 

O secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, foi enfático ao afirmar que o intercâmbio entre países com medidas vitoriosas é primordial nesse momento, classificado como crucial. “Onde enfrentamos a pior seca dos últimos cem anos e buscamos incessantemente alternativas para reverter esse cenário, sem permitir prejuízos à população baiana. E um benchmarking  já está autorizado, de forma que  corpo técnico do Governo do Estado, analise mais de perto todas as medidas apresentadas, assim como possibilidade de utilizá-las”.  

 

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745