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Estrutura hospitalar dentro de casa é possível para qualquer família, revela empreiteiro

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Por: Jennifer da Silva

Quem acompanhou o documentário sobre Michael Schumacher no Netflix pôde conhecer alguns detalhes até então desconhecidos da mídia sobre a vida e a carreira do esportista. No entanto, o pouco que se sabe sobre a condição atual do piloto foi comentado por sua esposa, Corinna: “Ele está diferente, mas está aqui”.

Situações como essa do piloto alemão levam a crer que ele vive em um ambiente similar a um hospital, recebendo cuidados médicos 24 horas por dia. Serviços como esse não são raros, mas requer uma mudança na estrutura da casa da família que vai receber o paciente. Conforme explica o empreiteiro Márcio Inverneiro, “o home care é um serviço de suporte para pacientes que precisam de atenção especial, mas não necessita de ficar por dias, meses ou anos no hospital. É uma forma de fazer o acompanhamento médico em que a pessoa pode estar ao lado de sua família”.

Sobre a estrutura deste ambiente, ele recomenda que o paciente seja acomodado em um local confortável: “Pode ser um quarto, mas o ideal é que ele seja amplo, arejado, bem iluminado e que ofereça espaço para o conforto do paciente e das pessoas que lhe farão o suporte ali”. Em alguns casos, Márcio observa que até uma pequena reforma já vai atender a esses requisitos: “Dependendo do tamanho do lote onde a pessoa mora, é até viável construir um cômodo extra ou ampliar as paredes de um daqueles que já existem. É uma obra simples que vai possibilitar o melhor atendimento para quem precisa”.

Dentro daquela estrutura, o empreiteiro lembra que ela precisa dos mesmos equipamentos como se fosse um hospital: “É preciso de uma estrutura que possibilite a colocação do cilindro de oxigênio, uma cama hospitalar, um espaço para os equipamentos de suporte, um armário para guardar os medicamentos, outro para colocar a rouparia, e um espaço para que os profissionais, como o técnico de enfermagem ou o médico possam transitar pelo ambiente. Assim o ambiente onde aquela pessoa está instalada fica muito parecido com aquele que ela encontraria em um hospital”.

No entanto, não é um serviço barato. “Muitos planos de saúde ainda não cobrem esse serviço, mas acredito que será algo mais comum nos próximos anos. Apesar de tudo, é uma possibilidade que vai desafogar os hospitais e pode permitir que o paciente tenha a sua família por perto, o que lhe vai dar um conforto e bem-estar tão essenciais para o êxito de qualquer tratamento”. Mas, antes de construir, o ideal é procurar os médicos, recomenda Márcio: “Não faça isso de qualquer maneira. O ideal é ter uma avaliação do quadro do paciente e se seus médicos estão de acordo com essa medida. Afinal, este é um assunto muito sério e todos os riscos devem ser calculados antes de partir para essa ideia”, completa.

 

 

 

Foto de Capa: Freepik

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745