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Estudantes baianos desenvolvem protótipo capaz de criar água potável para comunidades carentes

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O dessalinizador solar é livre de produtos químicos e dispensa o uso de energia elétrica

 

 

Por Assessoria de Comunicação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Foto: Divulgação.

Levar água potável para regiões que sofrem com a escassez e constantemente consomem água salobra e contaminada. Essa é a ideia de um grupo de estudantes do município de Campo Formoso, no Norte da Bahia, que busca fornecer uma qualidade de vida melhor para a população, em especial à comunidade de São Tomé, que sofre danos na saúde devido à falta de água potável. Davi Fernandes, Diogo de Andrade, Gian Silva e Samuel da Silva, orientados pela professora Keiliane de Oliveira, desenvolveram um dessalinizador solar com o objetivo de torná-lo uma solução sustentável para a comunidade que enfrenta longas estiagens.

Os estudantes do Colégio Estadual Quilombola de São Tomé criaram a tecnologia baseado em um projeto de baixo custo que utiliza o princípio da evaporação para gerar água potável. A orientadora Keiliane de Oliveira explica que o processo consiste na absorção da radiação solar que transfere energia para a água por condução térmica, levando à evaporação para que a água possa ser consumida. “Assim, o protótipo tem capacidade para produzir água potável sem uso de eletricidade e livre de produtos químicos, utilizando matérias de baixo custo como canos de PVC e vasilhas plásticas e lona”, destacou. Ela acrescenta que o projeto surgiu a partir de uma inquietação com a realidade local, pois, nos bebedouros da escola, a água é salobra, assim como em diversas residências.
De acordo com os estudantes, o maior diferencial deste projeto é a sua acessibilidade. Davi Fernandes afirma que “ele pode ser reproduzido com os materiais disponíveis em casa, não precisa ter altos recursos financeiros”. Já o estudante Diogo de Andrade ressalta que “o trabalho é uma forma viável, por utilizar energia solar e tem potencial para atender as diversas necessidades hídricas das famílias que vivem no Semiárido Brasileiro”.
Foto: Divulgação.

Segundo Gian Silva, membro do grupo de pesquisa, a expectativa é que a divulgação do projeto ajude a dar visibilidade para que eles possam adquirir mais recursos para atingir o objetivo final, de levar água de qualidade para as comunidades. No momento, eles não possuem parcerias e julgam que a dificuldade de acesso à comunidade, realizada através de estrada de chão, a cerca de 86 km da cidade de Campo Formoso, é um dos principais obstáculos para conseguir apoio.

“Nós montamos os protótipos com recursos próprios, trabalhando de forma interdisciplinar para criar algo sustentável e viável. O projeto encontra-se em fase de ampliação, para aumentar a capacidade de gerar mais água diária. Além disso, estamos elaborando oficinas para divulgar e ensinar como montar o protótipo para as demais comunidades”, concluiu Samuel da Silva.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias serão divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estarão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.

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