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Estudantes baianos produzem tanques autônomos para criação de peixes

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Projeto visa fornecer geração de renda para comunidades brasileiras

Por Assessoria de Comunicação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia
Em tempos de pandemia da covid-19, soluções para gerar renda são grandes aliadas no combate a uma possível crise econômica. Entre as diversas ideias que podem ajudar a sociedade a avançar após o isolamento social, está um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Salvador (Unifacs), chamado Aquaris, que consiste em tanques autônomos para criação de peixes, capaz de monitorar a qualidade da água, regular o nível de oxigênio dissolvido e até alimentar os animais com o despejo de ração.
À frente do projeto, o estudante de Ciência da Computação Italo Lopes explica o trabalho que desenvolve junto ao grupo de pesquisa conhecido como Pure, composto também por Gabriel Mascarenhas, Rafael Pinho e Gabriel Cardoso, estudantes de engenharia de controle e automação e mecânica. “O consumo de peixe pelos brasileiros está abaixo da média mundial e queremos contribuir para reverter esse índice, pois ao analisarmos a tendência de consumo, é possível identificar que a criação de peixes é essencial para a necessidade de gerar renda em algumas comunidades do nosso país”, afirmou ao relembrar que a inspiração para desenvolver este projeto surgiu na Campus Party, em São Paulo, onde eles apresentaram um trabalho similar e um dos ouvintes era um piscicultor, que pôde contribuir com informações a respeito da rotina de criação de peixes.
Italo ressalta que uma preocupação do grupo diz respeito ao desenvolvimento socioeconômico. “Observamos, através de pesquisas, que a situação de algumas famílias em comunidades na Bahia poderia ser melhorada com um acesso à tecnologia que proporcionasse mais autonomia. Por isso demos início ao projeto Aquaris, para viabilizar a criação de peixes por pessoas sem conhecimento técnico”, disse. Atualmente, o trabalho se encontra em fase de pesquisa e prototipagem para, posteriormente, iniciar a fase de testes.
O estudante acredita que, quando concluído, o projeto vai melhorar a economia das pessoas de baixa renda, trazendo conhecimento técnico para a criação de peixes. “Nosso foco está em melhorar a qualidade de vida dos peixes, de modo a garantir um produto melhor ao trabalhador. Para isso, contamos com um sistema IOT com monitoramento dos parâmetros da água e despejo de ração automático e nos tornamos parceiros de uma empresa com tanques autônomos equipados com tecnologia testada e vendida para possibilitar a criação de peixes próximo das residências”, declarou.
Entre os apoiadores do projeto estão a empresa BMD, que é responsável pelo fornecimento dos tanques de piscicultura nos quais serão implementados o sistema de controle e monitoramento. Além disso, Italo conta as próximas metas da equipe Pure para o futuro. “Pretendemos estabelecer parcerias com bancos que tenham em sua carteira clientes do agronegócio, na intenção de facilitar o financiamento para a compra do equipamento e suas primeiras manutenções, visto que é um produto que irá gerar renda para seus compradores, ou seja, oferecendo uma ‘garantia’ de retorno para a instituição financeira”, concluiu.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias serão divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estarão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.
Foto de Capa: Divulgação/ Secti-Ba.

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