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Estudo comprova que dormir pouco ou tarde causa envelhecimento precoce e morte prematura

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Estudo do neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, discorre sobre a possibilidade de desenvolver doenças, envelhecimento precoce e ter morte prematura por má qualidade de sono

Por: Jennifer da Silva 

Ter uma boa noite de sono é um desafio para grande parte das pessoas. Porém, quando há noites mal dormidas é facilmente percebido o impacto que ocorre na qualidade de vida. Não dormir bem pode acarretar em diversas doenças e condições que envolvem não só a saúde física, mas também a mental. “O sono é crucial para o nosso desenvolvimento e evolução”, afirma o neurocientista, PhD e biólogo Dr. Fabiano de Abreu.

De acordo com ele, o sono está relacionado à longevidade e o organismo precisa de um momento de descanso, que é estimulado pela produção da melatonina. “Se burlamos o ofício da melatonina, estamos desequilibrando todo um sistema bioquímico que pode levar a doenças, envelhecimento precoce e culminar em uma morte prematura”, explica o especialista.

O estudo do neurocientista revela que uma pessoa dorme, em média, um terço da sua vida e esta é uma das atividades mais essenciais para a nossa sobrevivência. “Diferentes regiões do SNC regulam os diferentes estágios do sono e da vigília. É importante lembrar que diversos neurotransmissores participam do sistema de alerta, incluindo a histamina, acetilcolina,dopamina, serotonina, noradrenalina e a hipocretina”, detalha.

Quando não obtemos uma boa noite de sono, o corpo não consegue energia para realizar atividades do cotidiano e com o tempo, ele também perde a capacidade de concentração e sente efeitos na memória e no humor. “Excessos de noites mal dormidas podem ocasionar alucinações devido aos danos celulares. Quando dormimos a quantidade de dano genético em nossos neurônios reduz e o mau funcionamento celular também”, pontua o especialista.

Por isso, o acúmulo de danos genéticos pode levar ao surgimento de doenças neurodegenerativas e desordens neurológicas. “Dormir é mais importante do que se alimentar, é um reset no cérebro, um momento de aprimoração. Quando se dorme o cérebro ainda está ativo, processando as memórias ao longo do dia.  O déficit de sono tem sido associado ao surgimento de diabetes do tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares e depressão”, afirma. “São necessárias de 7 a 8 horas de sono. Há quem pense que compensar o sono resolve, mas não é verdade já que a noite foi feita para dormir e não o dia. Temos a melatonina para o escuro e a serotonina para a luz”, aconselha.

Foto de Capa: Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745