Petista foi condenado a Pena de 30 anos e 9 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato
Por Diego Junqueira – R7
O ex-ministro José Dirceu se entregou à Polícia Federal, em Brasília, pouco depois das 14h desta sexta-feira (18). Ele vai cumprir pena de 30 anos e 9 meses de prisão, inicialmente na Penitenciária da Papuda, na capital federal, após ser condenado em segunda instância na Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A prisão de Dirceu foi decretada nesta quinta-feira (17) pela juíza federal Gabriela Hardta, que está substituindo o juiz Sérgio Moro esta semana na 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR).
A ordem de prisão foi emitida poucas horas após o TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), corte de segunda instância da Lava Jato, rejeitar o último recurso da defesa de Dirceu.
“Considerando-se que o defensor de José Dirceu de Oliveira e Silva peticionou informando que ele pretende se entregar, deverá ele apresentar-se à carceragem da Polícia Federal em Brasília no dia 18/05/2018, até às 17 horas, ocasião na qual a autoridade policial deverá cumprir o mandado”, ressaltou a magistrada.
Agora que foram encerrados os recursos de Dirceu na segunda instância, a Justiça entendeu que pode dar início ao cumprimento da pena de 30 anos e 9 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa, em um processo que investiga o pagamento de propinas da empreiteira Engevix a políticos e diretores da Petrobras.
Dirceu estava solto desde maio de 2017, por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a prisão preventiva determinada pelo juiz Sérgio Moro.
Antes disso, o ex-ministro de Lula havia ficado na cadeia por cerca de dois anos.
As investigações apontaram que Dirceu esteve envolvido em casos de corrupção e lavagem de dinheiro de aproximadamente R$ 46 milhões. “Uma pequena parcela” foi recuperada, salientou a magistrada.
A Justiça também determinou a prisão do empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, ex-aliado de Dirceu que chegou a fechar acordo de delação premiada. No entanto, ele foi perdeu os benefícios após apresentar versões de fatos conflitantes.
Ambos ainda poderão entrar com recursos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF.