Cidade feliz fede
Em corpo físico,
Astral, mental.
Nos becos, vielas,
Porões, sótãos
A fedentina
Causa náusea
E o povo, claro,
Irradiando felicidade
Derrete-se em elogios,
Elegias obscenas
Pois que falsas
E farsa prossegue
Enquanto o bonde
Da história
Vai carregando
Nas cores, nos tons
E em meio
Ao meio tom
De um crepúsculo
Fedido
A cidade não dorme,
Acorda para orgia.