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Fertilização in Vitro acompanhada de acupuntura ajuda a realizar o sonho da maternidade

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Adiar a gravidez tem seus riscos e o tratamento é uma prova de fogo para mulheres; acupuntura associada à FIV pode atenuar dificuldades e aumentar as taxas de sucesso

 

Por  NCA Comunicação

 

É cada vez maior o número de mulheres que optam pela maternidade perto dos 40 anos. Dados do Ministério da Saúde revelam que a gravidez nesse período aumentou 49% nas duas últimas décadas (segundo pesquisa, o número de mulheres que engravidou nessa faixa etária foi de 51.603 em 1995, e de 77.247 em 2015). Estabilidade financeira, mudanças nas relações afetivas e no papel da mulher no mercado de trabalho estão entre as razões listadas por quem opta por adiar os planos de conceber um filho.

Mas apesar dos avanços da medicina, a partir dos 35 anos, as chances de uma mulher engravidar caem de forma expressiva e, a partir dos 45 anos já e considerado improvável a gravidez com óvulos próprios não congelados previamente.

“Aos 37 anos decidi ser mãe, mas nem imaginava as dificuldades que estavam por vir. Interrompi o uso da pílula anticoncepcional e após 6 meses sem sucesso, procurei minha ginecologista que me indicou a FIV devido à minha idade e a baixa reserva de óvulos. Exames e diagnósticos revelavam que a gravidez por meios naturais não era uma opção. Iniciado o tratamento de FIV, me vi assustada com a quantidade de hormônios, mas otimista que teria sucesso na primeira tentativa. Foram seis tentativas e dois anos administrando sensações de frustração, tristeza e cobrança pessoal até a confirmação da gravidez.”

O relato de Patrícia (*), mostra que adiar a gravidez tem seus riscos e o tratamento é um desafio emocional para mulheres, seus parceiros e também familiares. Na sétima tentativa de FIV, decidiu optar por fazer o protocolo completo de acupuntura durante seu tratamento de reprodução assistida, realizando um total de 19 sessões. “Muitos me questionavam o porquê da acupuntura? E posso dizer sim, com certeza absoluta que teve uma grande participação no resultado positivo” afirma Patrícia.

Segundo a Dra Aniele Hayashi, primeira especialista em Curitiba no tratamento de acupuntura para fertilidade, a acupuntura atua harmonizando e equilibrando a energia do corpo, com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico, melhorar a circulação sanguínea, melhorar a receptividade do útero, melhorar a qualidade dos óvulos, regular os hormônios e menstruação, aumentar a energia e também reduzir o estresse, algo que acompanha todas as pacientes.

“Sugerimos que as sessões iniciem antes da FIV e sigam em todas as fases, como a preparação para a FIV, estimulação ovariana, retirada de óvulos, transferência e as semanas que antecedem o teste para saber se a gravidez se confirmou”, diz a Dra Aniele Hayashi, profissional que integra o corpo clínico da Embryo – Centro de Reprodução Humana, em Curitiba. Evidências científicas revelam que o tratamento melhora as chances de sucesso.

A Dra Aniele Hayashi recomenda o tratamento complementar de acupuntura pois, ao se considerar o baixo custo do tratamento de acupuntura se comparado à FIV, além dos diversos benefícios comprovados e o significativo  aumento nas taxas de sucesso, o investimento é justificável.

“Considerando o aumento nas taxas de sucesso, podemos concluir que a gravidez pode ser atingida com um número menor de tentativas de FIV, o que naturalmente significa muito menos desgaste emocional no casal e pessoas envolvidas no tratamento”, pontua a Dra Aniele Hayashi. Segundo ela, a frustrante experiência de um teste negativo de gravidez após a expectativa criada durante o tratamento pode deixar marcas muito profundas em todos os envolvidos, muitas vezes difícil de serem superadas. “Muitos casais desistem de continuar as tentativas por considerar o processo todo muito difícil e de não se sentirem fortes o suficiente caso a nova tentativa também seja negativa”, conta a especialista.

A inspiradora história de Patrícia, que perseverou durante várias tentativas infrutíferas, serve de exemplo para vários casais. “Hoje, quando olho a carinha da minha filha, tenho certeza das escolhas que fiz e não me arrependo em nenhum momento das decisões tomadas. É uma realização pessoal indescritível” conclui Patrícia.

(*) Sobrenome não foi divulgado atendendo à solicitação da paciente

 

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745