O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão para o aumento do PIB brasileiro. Em abril deste ano, a previsão para o crescimento da economia brasileira era de 0,2%. Em julho, a previsão foi de 0,3%. Já neste mês de outubro, O FMI prevê 0,7% de crescimento em 2017.
De acordo com Christian Frederico da Cunha Bundt, Administrador e Membro do Comitê Macroeconômico do ISAE – Escola de Negócios, o número corresponde a um aumento de 0,5 ponto percentual com relação à projeção de abril. “Apesar de ser pequeno em números absolutos, em percentual ele representa quase 300% de aumento na previsão”, explica.
Para 2018 a previsão de crescimento é de 1,5%, número que sofreu redução de 0,2%, frente à de abril. Segundo o FMI, essa redução é devida à incerteza política por vir com a eleição e à probabilidade crescente da não aprovação da reforma da previdência ainda neste ano.
O Banco Central do Brasil (BCB) também prevê crescimento de 0,7% para a economia brasileira em 2017 e para 2018, o um crescimento de 2,2%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação. De acordo com o BCB, neste ano o destaque será da Agropecuária e, no ano que vem, a indústria será a que mais crescerá.
Segundo Bundt, o BCB crê que a economia continuará “descolada” da política, ao contrário da opinião do FMI. “Para o país alcançar o cenário proposto pelo BCB seria muito importante que surgissem novos candidatos com visão madura sobre os fundamentos da sustentabilidade, que privilegiem a renda advinda do trabalho, e um governo austero, preocupado em gastar com qualidade e que tome as medidas necessárias ao equilíbrio fiscal em longo prazo”, conclui.