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Força Aérea já transportou 17 órgãos em 24 dias de atuação

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Desde a assinatura do decreto presidencial que regulamentou a disposição de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte de órgãos, há 24 dias, já foram realizadas 15 missões com esse objetivo. Até o momento, nove corações, seis fígados e dois pâncreas foram transportados.

Do total, quatro transportes foram feitos apenas nessa semana. Na última segunda-feira (27), o Esquadrão Pégaso (5º ETA) decolou de Canoas (RS), com destino a Curitiba (PR), para embarque da equipe médica. De lá, seguiu até Lajes (SC), onde se encontrava o doador de órgãos. Em seguida, retornaram à capital paranaense, onde o paciente aguardava o transplante.

 

Na terça-feira (28), houve acionamento do Esquadrão Carajá (4º ETA), que saiu de Guarulhos (SP) para São José do Rio Preto, Guaratinguetá e Taubaté – todas as cidades no interior de São Paulo.

No mesmo dia, o Esquadrão Guará (6º ETA) transportou um fígado de Porto Velho, em Rondônia, para Fortaleza, capital do Ceará. Já na quarta-feira (29), a missão de transporte de um coração foi realizada, novamente, pelo Esquadrão Guará, que decolou de Brasília (DF) rumo a Vitória (ES) e Uberlândia (MG).

Confira abaixo todos os transportes já realizados:

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Prioridades no transporte

O Tenente Fábio Rodrigues Neves foi um dos pilotos dessa última missão, que saiu da capital federal. Ele conta que esse tipo de operação possui prioridade absoluta em relação aos procedimentos de tráfego aéreo, pois o tempo é um fator essencial no sucesso do transporte.

O aviador também explica que, necessariamente, o responsável pelo transplante é quem precisa fazer a retirada do órgão, portanto, a primeira etapa da missão é o embarque da equipe médica.

Segundo o médico responsável pelo transplante, Heber Souza Melo Silva, o paciente que recebeu o coração tem 79 anos e passa bem. O profissional explica que, quanto mais o tempo passa, maior a chance de lesões no órgão, diminuindo as possibilidades de sucesso do transplante. Cada minuto faz a diferença e, por isso, o apoio das aeronaves da FAB é imprescindível.

“Aqui no Espírito Santo, frequentemente temos ofertas de doadores de outros estados. Mas, devido à logística de transporte, não conseguimos buscar órgãos a distâncias mais longas. O apoio da FAB foi de grande importância, nós estamos muito agradecidos. Sem esse auxílio, seria inviável. Simplesmente, não teria acontecido”, diz o médico.

Confira as etapas para a realização de um transplante de órgão:

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744