O ex-secretário municipal de Saúde da gestão Newton Francisco – Neto – Neves Cotrim, do PT (2009 a 2012), e do atual prefeito (02/01 a 03/03/17), o educador, líder político e ativista social Waldir Pires Ribeiro de Barros, um dos mais importantes membros da equipe que coordenou a vitoriosa campanha de 2016 do prefeito José Suly Fagundes Neto (PTN), está insatisfeito com os primeiros doze meses da nova gestão e dá sinais de que poderá oficializar o rompimento da parceria política a qualquer momento. Para o educador, a atual gestão municipal tem deixado a desejar e não está atendendo às expectativas de mudança que motivaram as lideranças políticas e garantiram a vitória nas urnas de outubro do ano passado.
O educador falou com exclusividade à reportagem do JS, através do aplicativo Watshap, refletindo o sentimento de expressiva parcela da sociedade igaporaense e fazendo duras críticas à gestão municipal, principalmente aos últimos atos do prefeito José Suly Fagundes Neto.
Nas entrelinhas, Barros deixou claro sua insatisfação e apontou que o prefeito José Suly Fagundes Neto estaria fazendo opções administrativas que contrariam não apenas os compromissos assumidos na campanha, mas o bom senso e o princípio da moralidade.
A gota d’água para que o educador expressasse sua insatisfação têm sido as demissões promovidas no quadro funcional da Prefeitura desde outubro, justificadas como medida para adequar as finanças e fechar as contas de 2017, ao mesmo tempo em que foi sancionada a Lei Municipal nº 312, na quarta-feira, 27 de dezembro, autorizando o pagamento de 13º salário e um terço do valor dos subsídios (Abono Pecuniário- Férias) aos vereadores do município. “A Prefeitura demite uma porção de pessoas alegando contenção de despesas e sanciona uma Lei criando mordomias pra agentes públicos e vereadores”, indignou-se Barros, acrescentando que o prefeito José Suly “fala uma coisa e faz outra, entra em contradição”.
Barros não se limitou a desaprovar a Administração Municipal, não poupando também a Câmara Municipal. Segundo enfatizou, diante do descrédito experimentado pelos vereadores e da crescente conscientização da população igaporaense, que tem se manifestado contra os desmandos e o descaso dos agentes políticos em relação aos graves problemas enfrentados pelo município, não teria havido transparência na discussão e aprovação da Lei Municipal nº 312. “Esse projeto de Lei deve ter sido aprovado às escondidas pra evitar o grito do povo”, pontuou Barros.