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Greenspan: Um economista comospolita

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Aposentou da presidência do FED, banco central norte americano GREENSPAN a maior cabeça econômica mundial pragmática. Com o alicerce adquirido de fontes de economistas favoráveis ao mercado e com uma experiência aprimorada pela longevidade dentro do poder GREENSPAN tornou-se notoriedade mundial.
Erudito e ambíguo conseguia ser evasivo e torna-se incompreendido quando lhe convia. De raciocínio lento, porém certeiro agia nas crises com a pontualidade britânica.
Seu êxito tem várias condicionantes. As principais são as seguintes: TINHA UM DIAGNOSTICO CLARO, UM PROGNOSTICO CERTEIRO E UMA POSOLOGIA EXATA. Com estes sustentáculos pode exercer sua função com sabedoria e quase sem erros imperdoáveis.
Fazia apologia da lei de mercado. Submetia sua política econômica ao êxito individual. Acreditava que a macroeconomia era um instrumento potente capaz de pavimentar e acelerar o progresso singular.
Sabia dosar em quantidade certa o afrouxo ou aperto de sua política monetária.
Sabemos que o sucesso é acompanhado de vários acertos. Quando a GREENSPAN seu êxito é uma derivação da atuante e sonhadora sociedade americana. Como timoneiro não só da economia como também responsável direto pela motivação de sua gente GREENSPAN elevou o patamar da sociedade mais evoluída do planeta. Com uma infra-estrutura avançada e um povo faminto de progresso econômico os nortes americanos puderam na sua gestão experimentar evolução econômica sem limites.
As armas de combate aos problemas econômicos foram impecavelmente certeiras.
As bases plantadas por GREENSPAN foram bastante sólidas capazes de suportar quaisquer tempestades econômicas.
GREENSPAN não inventou uma nova economia, apenas soube usar seus instrumentos disponíveis com moderação e oportunismo.
Tendo como foco a produção e sabendo abrir a torneira na quantidade exata criou uma atmosfera desenvolvimentista limitada.
Submeteu aos fatos e respeitou as diferenças de talentos humanos, mas criou um progresso econômico orgânico e sistemático.
Do cosmopolitismo de GREENSPAN ao provincianismo de meus tímidos conhecimentos econômicos vemos o que é discutido nesta seara se economia é ciência ou arte? Acho eu que não é nem ciência e nem arte é uma questão de crença. Seus postulados são enunciados dialeticamente cabendo a nós crer ou não.
Acredito no mercado e minha crença não é fundamentalista. Está mais para o hibridismo do que pelo purismo sectário das ortodoxias. Apesar de achar o caminho estreito, porém de duas vias.
Creio no individuo como principal arquiteto de seu destino, mas tem que ser sacudido não só por projetos econômicos vantajosos como também por uma revolução interior onde o principal tributo deve ser ambição econômica!
Que o homem econômico da era GREENSPAN seja mais completo. E que a lei de mercado que é a convicção maior deste economista cosmopolita possa ser a porta aberta para uma grande mobilidade social, principalmente dentro deste universo econômico brasileiro.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744