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Grupo literário a ilha e os escritores do Brasil

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O Grupo Literário A ILHA e a sua revista SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA completaram 42 (quarenta e dois) anos de trajetória, de existência e resistência, no mês de junho de 2022. Nada mais justo do que comemorar toda esta longevidade e, para isso, reunimos uma parte dos escritores que integram o grupo para organizarmos essa antologia, um painel da produção atual deles. É um belo time de escritores que representa muito bem a literatura contemporânea produzida pelos brasileiros, nos gêneros conto, crônica e poesia. O livro será lançado no início de setembro, na Bienal de São José(SC), a primeira grande feira do livro da cidade.

Afinal, 42 anos de trabalho de divulgação da literatura catarinense e brasileira, de novos autores e de suas obras, de incentivo à formação de novos leitores e de promoção do hábito da leitura não são dois ou três anos. Então há que se comemorar.

O Grupo Literário A ILHA começou numa ilha, sem São Francisco do Sul(SC), mudou sua sede para Joinville e permaneceu lá por quase vinte anos e depois transferiu-se para outra ilha, Florianópolis. Desde o início do grupo, lá nos anos 80, levamos a poesia para a rua, com os Varais da Poesia e os Recitais de Poesia. Ajudamos a tornar a poesia um pouco mais popular, numa época em que não havia internet, colocando os nossos poemas e os poemas de poetas consagrados no caminho dos leitores. E esbarrando com a poesia, até aqueles que não a conheciam, descobriram que gostavam dela.

Então, além das feiras de arte de Joinville, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul, levamos o Varal da Poesia à Festa das Flores, ao Festival de Dança de Joinville, aos lançamentos de livros, aos bares, aos shopping centers, aos supermercados, até aos bancos. E muito mais leitores descobriram a poesia ao ler uma cartolina com um poema estampado ou ao ouvir um poeta declamar em inusitados lugares. É claro que a revista do grupo e as antologias sempre foram parceiras fortes para levar a poesia e os outros gêneros como crônica e conto aos nossos leitores, novos ou não. Não é à toa que a revista Suplemento Literário A ILHA é a publicação mais perene do gênero: quarenta e dois anos de circulação.

De maneira que nada melhor do que comemorar com mais literatura, comemorar dando uma amostra mais alentada da produção de nossos escritores.

Além de reunir vários dos escritores do Grupo Literário A ILHA, aproveitamos a oportunidade de mais este aniversário para homenagear pessoas que colaboraram muito para que o nosso trabalho de mostrar a produção literária contemporânea continuasse e chegasse até aqui. Rendemos tributo ao professor Celestino Sachet e dedicamos essa antologia a ele, o maior divulgador da literatura dos catarinenses. É ele que lê os novos autores que vão surgindo, é ele que pesquisa o que há de novo em nossa literatura, é ele que registra tudo para que tenhamos um painel sempre atualizado da produção literária dos catarinenses. Então nossa homenagem a este grande escritor que é Celestino Sachet.

Também homenageamos escritores importantes na trajetória do Grupo Literário A ILHA, que passaram por ele e deixaram a sua marca e que estão, agora, fazendo poesia com outros grandes das letras, como Quintana, Pessoa, Coralina. Falamos de Júlio de Queiroz e Aracely Braz. E não poderíamos esquecer outros autores que se destacaram levando o nome do grupo e de seus escritores para além das fronteiras do nosso Estado, como é o caso de Erna Pidner, nossa correspondente em Minas; para além dos limites do Brasil, como é o caso de Jacqueline Aisenman, que levou a nós e a nossa literatura para o Salão Internacional do Livro de Genebra, e para além das páginas dos livros e das revistas, como Célia Biscaia Veiga, que levou nossa prosa e poesia para os palcos, transformando nossa literatura em teatro, em performances espetaculares, em declamações personalizadas, em montagens espetaculares de nossos poemas.

A antologia ESCRITORES DO BRASIL tem literatura para todos os gostos. É uma reunião eclética de escritores de várias idades, estilos, gêneros, cosmovisões. Porque a literatura é universal. Ela registra a vida acontecendo em tempos e espaços diferentes, gravando para a posteridade a passagem do ser humano por este mundão de Deus.

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