Médico infectologista da Rede Mater Dei explica o que é o vírus, sintomas e quais cuidados tomar para não transmiti-lo a outras pessoas
Por: Rose Guirro – Ascom
Virou notícia na semana passada que um participante do BBB que está com herpes labial beijou a colega. E agora, o que pode ocorrer? Ela está infectada? Depois que a pandemia da Covid-19 pegou o mundo há dois anos, todos nós ficamos mais “entendedores” sobre viroses, formas de transmissão de vírus e cuidados que devemos adotar no nosso dia a dia. No caso do Eliezer, participante do programa Big Brother Brasil, ele está com uma infecção na pele, próxima à boca, causada pelo vírus herpes simples. Como ele beijou a mineira Natália, ela pode desenvolver a infecção também.
Segundo explica o infectologista Rodrigo Farnetano, da Rede Mater Dei de Saúde BH, o vírus do herpes simples se divide em tipo I e tipo II. Ambos podem acometer a região da boca, dos genitais e também atingir outras partes da pele do corpo – e raramente órgão internos.
Pelo menos 80% da população adulta é portadora do vírus herpes simples, porém, a maioria das pessoas tem poucos ou nenhum sintoma e nem sabem que são portadoras. Quando há sintomas, estes surgem como ardor, queimação ou incômodo na região da pele onde a doença se manifestar. Pouco tempo depois, começa a surgir uma área vermelha no local de dor, que rapidamente evolui para a formação de pequenas bolhas. Após alguns dias, as bolhas vão estourar e deixar crostas (“cascas”) para depois ocorrer a cicatrização completa, um ciclo que pode durar de uma a duas semanas.
“Na primeira vez em que a pessoa manifesta o herpes simples, ela pode ter febre e mal estar. E mesmo com o término de atividade infecciosa do vírus, ele permanecerá no organismo pelo resto da vida em estado latente de replicação, pois fica alojado em nossos nervos periféricos”, explica o infectologista.
Geralmente adquire-se o vírus quando há contato, sem proteção, com as lesões de herpes. A transmissão entre as pessoas ocorre principalmente quando as lesões estão
fase de bolhas, sua fase ativa. Quando só há crostas a transmissão tende a cessar. Quem já teve lesão ativa pelo herpes, pode vir a desenvolver um quadro recidivas.
Tratamento e prevenção – Segundo o médico, não há vacina ou medicamentos que eliminem o vírus do organismo em definitivo. O objetivo do tratamento é encurtar o tempo de manifestações da atividade herpética e evitar complicações, que são muito raras.
A prevenção contra o herpes simples é evitar o contato direto com as lesões e também contato indireto com roupas, materiais e utensílios pessoais para alimentação, higiene e vestuário que tiverem tido contato com as lesões. É muito importante que quem está com a infecção em atividade evite tocar em suas lesões. E sempre que o fizer, deve higienizar as mãos.