Por: Redação MF Press Global
Muita gente não sabe, mas a hipnoterapia pode ajudar na construção ou na recuperação da autoconfiança. O hipnoterapeuta Pyong Lee explicou que a autoconfiança é a convicção que uma pessoa tem da sua capacidade de realizar ou superar determinada tarefa, objetivo ou desafio da vida.
“Pelo fato da autoconfiança estar intimamente relacionado às crenças de capacidade e merecimento, ela também costuma estar atrelada à autoestima, apesar de serem dois conceitos diferentes. Apesar de alguns recentes estudos da psicologia e neurociência mostrarem que existem traços da personalidade que influenciam diretamente na autoconfiança de uma pessoa, sabemos que essa é uma habilidade que pode ser moldada conforme os esforços e as diferentes experiências de um indivíduo.”
Pyong explicou que uma pessoa que, durante a infância, nunca recebeu apoio familiar, sempre foi muito criticada e aprendeu a temer a falha, possivelmente irá questionar sua autoconfiança quando adulta. Esses traços também podem ser tratados com a hipnoterapia.
“As diferentes experiências de vida também podem comprometer a identidade de um indivíduo. Considerando as diversas variáveis para determinar a autoconfiança de uma pessoa, a hipnoterapia pode auxiliar por meio da ressignificação de momentos negativos passados, alteração da percepção em relação à identidade do indivíduo e construção de novas crenças fortalecedoras.”
O especialista também explicou que a grande diferença da hipnoterapia para outras terapias convencionais, é que a hipnose permite o cliente experienciar novos sentimentos e percepções de uma maneira muito mais vívida, potencializando os resultados de diversos tratamentos, inclusive para o aumento a autoestima e autoconfiança.
“Devemos considerar, também, que o desenvolvimento da autoconfiança não acontece da noite para o dia, e sim depois da repetição de novos comportamentos e do reforço dos aprendizados adquiridos durante as sessões de terapia. Por esse motivo, a consciência da mudança gradual e o engajamento pelo processo terapêutico por parte do cliente é essencial.”
Por fim, Lee ponderou que no caso da autoconfiança, ela somente se torna um problema “quando esse sentimento se transforma em soberba, de modo que o indivíduo, além de se considerar superior frente a todas as pessoas, ignora seus pontos de melhoria e os possíveis problemas futuros. Assim, como para quase tudo na vida, a diferença entre o veneno e o remédio está na dose. Se você percebe que a falta ou o excesso de autoconfiança está atrapalhando a sua realidade, procure por um profissional especializado. Lembre-se, também, que o primeiro passo da mudança é tomar consciência do problema e entender que todos nós podemos mudar os nossos afetos, cognições e comportamentos”, finalizou.