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Incentivos fiscais de países pequenos atraem o comércio de criptomoedas

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Nações flexibilizam leis sobre transações de moedas digitais, em busca de desenvolvimento econômico

 

Por: Giovanna Scarparo 

 

A responsabilidade fiscal das moedas digitais ainda gera discussões ao redor do mundo. Enquanto alguns países assumem uma postura conservadora em relação a essa nova movimentação do mercado, outros enxergam nessa novidade uma chance de gerar mais empregos e renda. É o caso de Malta, Bermudas e Malásia.

 

Para essas nações, na balança entre prós e contras, as vantagens em desenvolvimento econômico e tecnológico proporcionadas pela economia das criptomoedas pesam positivamente. O investimento na elaboração de estratégias e legislações para viabilizar o comércio de bitcoins e outras moedas digitais torna esses locais incubadoras de valor para esse novo mercado.

 

Mercado cripto 

Em comparação com o tradicionalismo do mercado financeiro global, a negociação de criptomoedas soa futurista. Entretanto, apenas se trata de uma economia fundamentada em tecnologia e transações que ocorrem puramente na esfera virtual. Parte dessa característica-base o estranhamento de setores menos contemporâneos.

 

Inovadores e digitais, os bitcoins e as outras moedas virtuais não pertencem, de fato, a nenhum órgão ou país. A sua captação ocorre através da mineração nas redes blockchains e da negociação. Por essa razão, ainda são consideradas um investimento de risco moderado, mas que, desde o seu surgimento, se encontram em constante crescimento e expansão.

 

Estimativas do mercado apontam que as transações de criptomoedas movimentam bilhões de dólares diariamente. Esse fortalecimento e o aumento dos ativos impactaram o mercado de ações tradicional e o comércio global que se vê diante da necessidade de regulamentar as transações.

 

Comércio global

Certo de que a singularidade do mercado de criptomoedas criou uma nova maneira de agir e pensar sobre os investimentos, cada país tem se organizado para legislar sobre o tema. De modo geral, pairam incertezas sobre os rumos que grandes nações irão tomar. Nos Estados Unidos, o debate é controverso, e, na União Europeia, o projeto de lei sobre stablecoins será apreciado somente em abril.

 

O cenário favorece a descentralização do comércio exterior, pois as empresas que trabalham com criptoativos buscam locais com ambientes favoráveis para o seu crescimento. Uma jurisdição amigável costuma não cobrar impostos em transações corriqueiras, como comprar bitcoin ou minerá-los.

 

A Malásia é um exemplo de nação que reformulou políticas tributárias e estimulou a isenção de impostos para beneficiar a entrada e consolidação do mercado de moedas virtuais. De modo semelhante e com estratégias facilitadoras, Bermudas conseguiu desburocratizar e acelerar a aprovação de ofertas iniciais das moedas.

 

Mas é Malta que recebeu a alcunha de “Blockchain Island”, porque a ilha localizada no continente europeu foi uma das primeiras a impor esforços para atrair esse tipo de negócios. Como jurisdição “crypto friendly”, reconhece o bitcoin em diferentes transações de valor.

 

Foto de Capa: iStock

 

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