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Inclusão: Uesb forma pedagogo surdo

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Por Ascom Uesb

 

Conquistar o tão sonhado diploma de graduação é o desejo da maioria das pessoas. Por meio dos conhecimentos científicos adquiridos na Universidade, os discentes recebem instruções técnicas essenciais para sua trajetória profissional. Para realizar um curso de graduação, é necessário muita dedicação e preparo para enfrentar as dificuldades que possam surgir, e para aqueles que possuem algum tipo de deficiência, as eventualidades podem se tornar ainda mais limitadoras.

Diego Pereira Matos tem 32 anos e possui deficiência auditiva. Neste mês de dezembro, ele se formou em Pedagogia, no campus de Vitória da Conquista. “É muito significativo pra nós, nesse momento, estar concluindo essa etapa com o aluno Diego. Nós sabemos que foram muitos desafios”, afirmou o professor Claudionor Alves, que coordena o curso de Pedagogia.

Ainda de acordo com o docente, a vivência com o estudante durante a graduação foi muito rica. “É importante porque com a vinda de outros alunos teremos um tratamento ainda melhor”, reforçou o coordenador do curso, que foi implantado na Instituição em 1997 e já formou aproximadamente 1000 professores.

Apesar das limitações e barreiras encontradas no decorrer do curso, Diego contou que sempre esteve disposto a superar as dificuldades que surgiram em sua vida. Por acreditar que a educação é essencial para mudança de hábitos preconceituosos e para minimizar a discriminação de pessoas com deficiência perante à sociedade, o novo pedagogo encarou a missão com muito empenho, tornando a graduação para si um elemento fundamental de contribuição para o exercício e estímulo da educação inclusiva.

Para seguir seu sonho com persistência, Diego precisou contar com a ajuda dos colegas e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão para Pessoas com Deficiência da Uesb (Naipd). O Núcleo conta com uma equipe multiprofissional de colaboradores capacitados para auxiliar as pessoas com deficiência em suas atividades acadêmicas, além de disponibilizar equipamentos eletrônicos adaptados, ferramentas e softwares de tecnologias assistivas.

Na graduação, o estudante sempre buscou estabelecer uma rede de amizade com colegas que estimulavam seu andamento no curso. “No início, quando eu entrei aqui, tive várias dificuldades de barreiras comunicacionais, porque as pessoas não sabiam a Língua Brasileira de Sinais (Libras)”, lembrou. “Eu estou muito feliz por estar com minha família. Vou comemorar com amigos que, de certa forma, me ajudaram a chegar até aqui hoje. Pretendo fazer uma pós-graduação em Português-Libras. Eu não vou parar”, afirmou Diego, bastante entusiasmado.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744