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INDEPENDÊNCIA DA BAHIA NO BRASI, HOMENAGEM AO 2 DE JULHO

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ROTA DA INDEPENDÊNCIA

SALVADOR: Em 1822 o recém empossado governador das Armas, brigadeiro Madeira de Melo ordenou um “levante Militar Português” que ocupou o forte de S. Pedro e os quartéis da Palma e Mouraria, quando ocorreu a tentativa de invasão do recolhimento das religiosas Concepcionistas, [Freiras da ordem da Conceição de Maria] atual Convento da Lapa, ferindo mortalmente a golpes de baioneta a abadessa sóror Joana Angélica e o Padre Daniel Lisboa, instalando um governo militar.

SÃO FRANCISCO DO CONDE:  Em 29 de junho de 1822 aderiu a decisão de ter o Brasil um centro de Poder Executivo, reconhecendo a regência do príncipe dom Pedro.  A população, imbuída de sentimento cívico pegou em armas, formando o batalhão patriótico Voluntários da Vila de São Francisco.

SANTO AMARO: Em 14 de junho de 1822 aderiu a decisão de ter o Brasil um centro de Poder Executivo, reconhecendo a regência do príncipe dom Pedro.  O batalhão  patriótico Companhia dos Caçadores de Santo Amaro foi a manifestação de civismo de sua população contra o despotismo português.

CACHOIEIRA E SÃO FÉLIX: Em 25 de junho de 1822, Cachoeira aderiu a decisão de ter o Brasil um único centro de Poder Executivo e resistiu bravamente ao bombardeio do porto, realizado por uma escuna canhoneira enviada pelo brigadeiro Madeira de Melo, derrotada no entardecer do dia 28 de junho [depois de renhido combate de três horas], São Félix, no período compunha administrativamente a Vila de Cachoeira.

MARAGOGIPE: Em 29 de junho de 1822 aderiu a causa subordinando-se a autoridade do príncipe regente. Imediatamente o sentimento patriótico da população,  converteu-se em atitude,  ao empunhar na Barra Paraguaçu, igualmente convertidas, ferramentas em armas, no Forte de Santa Cruz.

ITAPARICA: Situada em um dos extremos da Baia de Todos os Santos, a ilha de Itaparica teve importante papel por sua localização estratégica no cerco da cidade de Salvador, nos diversos confrontos, notadamente entre 7 e 9 de janeiro de 1823 e ao assegurar o não abastecimento das tropas portuguesas.

CAETITÉ: Ocupava o território que hoje forma cerca de 48 municípios. Sua adesão em 15 de agosto de 1822 em prol do Brasil ter um único centro de Poder Executivo,  ressoou  propositivamente no sertão baiano com apoio financeiro, armamentos, munição, homens e mantimentos para Cachoeira. Posteriormente o sangue do povo ainda verteu em conflitos contra portugueses, conhecido como Mata-Marotos.

Em reunião na Câmara de Santo Amaro decidiram: “Que haja no Brazil um centro único de Poder Executivo; que este Poder seja exercitado por sua Alteza Real o Príncipe Real” (D. Pedro). (www.fpc.ba.gov.br).

O 2 de julho,

“No dia 2 de julho de 1823 entrou na cidade de Salvador o Exército brasileiro. Veio uma parte pela Estrada das Boiadas (Liberdade), passando pela Lapinha e Soledade, alcançando Santo Antonio, Carmo, Pelourinho, Terreiro de Jesus, Sé e Praça da Câmara (Praça Municipal). Outra parte  saiu de  Boa Vista de Brotas; e  ainda outra, da Graça/Vitória.

Data máxima  da Bahia,  o 2 de julho é igualmente do Brasil.

Com a Vitória do Exército  e da Marinha  do Brasil na Bahia, naquele julho de 1823, consolidou-se a separação política do Brasil de Portugal e  anulou-se o perigo de um ponto de apoio para qualquer intervenção armada da Europa, hipótese possível no desdobramento de uma política que já executara  intervenções armadas na Espanha e no Piemonte (Itália).

O 2 de julho ficou na reverência patriótica dos baianos, que desde logo estabeleceram a tradição de comemorá-lo anualmente com a repetição da entrada  do Exercito Pacificador na cidade do Salvador.

 Aos batalhões, aos heróis, posteriormente acrescentaram  as figuras simbólicas do Caboclo e da Cabocla. E entre muitos, houve um 2 de julhos particularmente especial: o de 1849, quando o Marechal Pedro Labatut participou do desfile. Era então um velho muito  doente   e sem recursos financeiros; viera a Salvador agradecer o auxílio da Bahia à sua filha Januária Constança Labatut –  e desfilara, pelas  ruas centrais da cidade,  na ocasião festiva, e, naquele 2 de julho como em todos, orgulhosa da campanha militar de 1822/1823 e dos heróis conhecidos e anônimos das lutas no Recôncavo,  na área de Cabrito-Campinas-Pirajá e em Conceição, Boa Vista, Graça, Bare-folhas, Lapina”. (História da Bahia, autoria de Luís Henrique Dias Tavares).

VIVA O 2 DE JULHO. VIA A BAHIA E SEU HERÓIS.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745