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Indicado ao Nobel da Paz, Alysson Paolinelli faz palestra on-line no dia 7 de abril

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Por Breno Lobato/ Embrapa Cerrados

 

O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2021, é o próximo palestrante do Ciclo de Palestras Técnicas da Embrapa Cerrados. No dia 7 de abril, às 10h, ele apresenta o tema “Pesquisa Agropecuária Brasileira: passado presente e futuro”. O evento on-line pode ser acompanhado no canal da Embrapa no YouTube, pelo link https://www.youtube.com/watch?v=F9O28LCwnis.

Engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, onde também foi professor de Hidráulica, Irrigação e Drenagem e diretor, Alysson Paolinelli assumiu a secretaria de Agricultura de Minas Gerais em 1971 com o desafio de implantar uma nova matriz produtiva baseada na incorporação de tecnologia e políticas de crédito estimuladoras de modernização. Ocupou o cargo por três vezes – 1971 a 1974, 1991 a 1994 e 1995 a 1998.

Assumiu o Ministério de Agricultura em 1974, iniciando um período de políticas marcantes para o setor e para o desenvolvimento do Centro-Oeste brasileiro, criando as estruturas de governança que permitiram a expansão da revolução agrícola tropical sustentável. Durante os cinco anos à frente do ministério, estruturou a Embrapa e atraiu destacados profissionais das universidades e dos órgãos de assistência técnica. Como deputado constituinte, trabalhou para inserir, na Constituição Federal, os pilares para uma agricultura competitiva, sustentável e inclusiva.

Em 2006, juntamente com Edson Lobato, pesquisador aposentado da Embrapa Cerrados, e com o cientista norte-americano Andrew Colin McClung, foi laureado pelo World Food Prize, o “Nobel” da Agricultura, pelo papel vital na transformação dos solos inférteis do Cerrado em áreas agrícolas produtivas, o que viabilizou a agricultura tropical no Bioma. Paolinelli atualmente preside a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e o Instituto Fórum do Futuro

Em janeiro de 2021, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/Usp), com o apoio de mais de 100 cartas de representantes de instituições de 24 países. Os nomes dos laureados serão anunciados em outubro pelo Comitê Norueguês do Nobel.

De acordo a Esalq, a indicação se deve ao legado de Paolinelli em transformar o Brasil, de importador de alimentos em 1970, em potência mundial do agronegócio, o que possibilitou alimentar cerca de 1,2 bilhões de pessoas no mundo todo em 2016; e por liderar o projeto Biomas Tropicais, que procura estruturar um planejamento estratégico para prover a produção de alimentos para mais 1,12 bilhões de pessoas em 2050, atendendo à expectativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) de que o País responda por 40% da expansão da produção mundial até aquele ano, promovendo a paz.

A apresentação de Paolinelli será a segunda do Ciclo de Palestras Técnicas da Embrapa Cerrados, evento que busca aproximar cada vez mais a pesquisa do setor produtivo. O primeiro tema foi a “Avaliação e seleção de clones de seringueira na região centro-oeste do Brasil”, apresentado pelo pesquisador Ailton Pereira, em fevereiro.

 

 

Foto de Capa: Abramilho/Divulgação.

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