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Indiscutivelmente um fiasco

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  Com amplo apoio da mídia militante, hoje nitidamente golpista, o evento de ontem (12/09) quis ser uma colcha de retalhos políticos costurada pelo MBL, pelo VPR e pelo Novo.

Tudo que os grandes grupos de comunicação fizeram, na tentativa inútil de esvaziar a manifestação do dia 7 de setembro, foi aplicado no sentido positivo para impulsionar as concentrações do dia 12.

Em torno da primeira data, total desqualificação do ato em si e do público que viesse a comparecer. Amplo espaço para boataria sobre atos de violência, pessoas armadas, situação de risco físico e material. Na palavra de veículos que supõe falar à nação, o evento pró governo era coisa de gente da pior espécie.

Em torno do segundo (12/09), espaço aberto aos organizadores, divulgação dos locais de concentração no país e pesadas críticas aos petistas que não apoiavam e aos partidos que não aceitavam parceria com o MBL e o VPR.

É inevitável constatar o esvaziamento do prestígio a que o jornalismo feito com azia, de política estudantil, de centro acadêmico, arrastou alguns dos grandes grupos de comunicação do país. Resultaram indisfarçáveis tanto o sucesso do que tentaram esvaziar quanto o fracasso do que impulsionaram.

O jornalista Diogo Mainardi esfregou os olhos nesta manhã de segunda-feira, teve seu momento de iluminação e viu o seguinte (parte final de seu texto em O Antagonista):

Uma nova rodada de protestos está sendo marcada para 15 de novembro. O PT vai fazer de tudo para transformá-los numa prévia dos comícios lulistas, mostrando que só o ex-presidiário pode derrotar Jair Bolsonaro. Ou a Terceira via ganha vida própria, ou vai ser engolida por Lula.

Alguém aí não sabia que uma Terceira Via, num país que sequer tem uma Segunda Via organizada é um projeto petista que só traz farinha para o angu de Lula? Toda essa mídia que foi longe demais no ódio a Bolsonaro vai ficar sem porta de saída.

Estes cinco dias de setembro gritam lições aos que no Senado, no STF e na outrora “grande mídia” se recusam a ouvir a voz das ruas. A overdose de interesse próprio no primeiro, de soberba no segundo e de manipulação na terceira geraram os grandes fiascos nestas preliminares já floridas da primavera que se aproxima.

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