IPCA registra deflação para o mês de junho
por Agência Brasil 61
O índice IPCA-15, divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (11), apresentou uma queda de 0,08%, sendo o menor valor para um mês de junho desde 2017, quando registrou uma redução de 0,23%.
No mesmo período do ano anterior, em junho de 2022, a taxa havia sido de 0,67%.
Esse resultado foi influenciado principalmente pela queda nos preços de Alimentação e Bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%). Além disso, Artigos de Residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho.
A queda no grupo de Alimentação e Bebidas se deve, principalmente, ao recuo nos preços dos alimentos consumidos em domicílio, destacando-se a redução nos preços do óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%). Por outro lado, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) tiveram aumento nos preços.
No setor de Transportes, as quedas ocorreram nos preços de automóveis novos (-2,76%) e automóveis usados (-0,93%).
É importante mencionar também a queda nos preços dos combustíveis (-1,85%), influenciada pelas reduções do óleo diesel (-6,68%), etanol (-5,11%), gás veicular (-2,77%) e gasolina (-1,14%).
Quanto às altas, o maior impacto foi registrado no grupo de Habitação (0,10 p.p.). Nesse setor, a maior contribuição veio da energia elétrica residencial (1,43%), devido aos reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre.
Também houve aumento na taxa de esgoto devido aos reajustes tarifários em Belém, Curitiba, São Paulo e Aracaju.
De acordo com o IPCA, cinco áreas apresentaram alta em junho, sendo as maiores registradas em Belo Horizonte e Recife.
Por outro lado, a cidade de Goiânia teve a maior deflação do país, ou seja, a maior queda nos preços.