A iniciativa visa chamar a atenção sobre a importância de acompanhar os níveis de saturação de oxigênio no sangue (oximetria) para um diagnóstico precoce da doença e evitar a chamada ‘hipóxia silenciosa’ nos pacientes, especialmente de grupos de risco
Por Eduardo Ritsche/Ascom
O Instituto Estáter (IE) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) anunciaram nesta segunda-feira (13) o início da campanha “alert(ar)”, que, num primeiro momento, pretende conscientizar a população sobre a importância de se medir e monitorar os níveis de saturação de oxigênio no sangue durante a pandemia de coronavírus e, numa segunda etapa, repassar oxímetros para unidades de saúde existentes em comunidades carentes.
O Instituto Estáter compila desde o início da pandemia uma base de informações de mais de 20 países diretamente de fontes primárias, como ministérios da Saúde ou secretarias de Estado. As curvas de mortalidade por hipóxia silenciosa no mundo mostram que a medição do oxigênio das populações mais vulneráveis poderia ser um dos caminhos auxiliares para detecção e tratamento precoces da doença.
— Estabelecemos uma aliança baseada em protocolos e referências científicas para agir de forma coordenada e reunindo recursos para apoiar os esforços e o planejamento do sistema de saúde — explica Pércio de Souza, fundador do Instituto Estáter.
Fases da campanha
A campanha “alert(ar)” terá duas fases distintas. Na primeira, anunciada nesta segunda, a meta é repassar a informação de que medir o nível de oxigênio no sangue pode ser uma das medidas mais eficientes para o diagnóstico precoce da covid-19. Além de conscientizar a população, a primeira fase pretende reunir parceiros e entidades da sociedade civil para que a segunda etapa, a de implementação, ainda sem data prevista, ocorra de forma planejada e abrangente.
De acordo com Cunha, agora as entidades se reunirão para discutir como será realizada a estratégia de divulgação da campanha nas comunidades. Conforme Souza, o Todos pela Saúde iniciou o mapeamento das regiões que necessitarão dos equipamentos e adquirirá, nas próximas semanas, 104 mil oxímetros para distribuí-los em todo o Brasil. A logística será feita em parceria com as secretarias de Saúde. A medição da oximetria em moradores das comunidades será realizada pelo agente de saúde local.
Segundo os idealizadores, o reconhecimento da iniciativa já reúne apoio institucional de empresas como O Boticário, Embraer, Gol, Grupo Ultra, Klabin e banco Voiter, assim como entidades da sociedade civil organizada como a Central Única das Favelas (Cufa) e o Todos Pela Saúde, e entidades como Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib)