Levantamento revela que boas notícias e otimismo em relação a reformas e política monetária contribuíram para atração de investimento externo
Por Comunicação/ Agência SHZ
No último mês de junho, o mercado financeiro testemunhou um significativo aumento no fluxo de investidores estrangeiros para a bolsa brasileira, de acordo com um levantamento conduzido pela Quantzed, uma renomada casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira. Os dados indicam que esse influxo totalizou R$ 10,14 bilhões, o que corresponde a mais de 50% do fluxo acumulado ao longo do ano, ultrapassando a marca de R$ 17 bilhões.
O estudo, conduzido por Ricardo Jorge, sócio e especialista da Quantzed, demonstra que a positiva performance do mercado de ações brasileiro em junho foi fortemente influenciada por esse aumento no investimento estrangeiro. Os investidores internacionais adquiriram um volume considerável de ações na bolsa brasileira, impulsionando sua atividade.
Dentre os fatores que contribuíram para essa tendência, o especialista destacou a continuidade das discussões sobre reformas econômicas, a expectativa em relação à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que acabou se alinhando às expectativas mais otimistas, e a previsão de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) seguiria com uma decisão a respeito da meta de inflação que estivesse alinhada às projeções do mercado.
“Esse movimento de compra ocorreu devido a essas perspectivas positivas, que foram confirmadas no final do mês. Observamos que, de fato, a participação dos investidores estrangeiros foi muito influenciada por esses temas, que tiveram um impacto significativo no desempenho do índice Ibovespa em junho”, esclarece Ricardo Jorge.
Os números detalhados do fluxo estrangeiro são os seguintes:
- Fluxo em Junho: R$ 10,14 bilhões
- Fluxo acumulado no Ano: R$ 17,02 bilhões
- Fluxo no Ano (incluindo IPOs): R$ 19,7 bilhões
O resultado evidencia o papel central dos investidores estrangeiros na dinâmica do mercado brasileiro, assim como a crescente importância de fatores econômicos e políticos nacionais na tomada de decisões dos investidores globais.