Comparando com julho de 2022, quando a variação havia sido de -0,68%, a inflação atual demonstra uma tendência de recuperação econômica
Por Luigi Mauri/ Agência Brasil 61
Nesta sexta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes ao mês de julho, revelando um aumento na taxa de inflação de 0,12%.
Após um registro de deflação de 0,08% em junho deste ano, o IPCA acumulou uma alta de 3,00% ao longo do ano e atingiu um aumento de 4,00% nos últimos 12 meses. Essa última taxa supera os 3,15% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Comparando com julho de 2022, quando a variação havia sido de -0,68%, a inflação atual demonstra uma tendência de recuperação econômica.
O destaque desse aumento inflacionário está centrado no grupo de transportes, que experimentou um aumento significativo de 1,50%. Dentro deste grupo, o principal impulsionador foi o aumento nos preços da gasolina, que registrou uma alta de 4,75%.
Os demais combustíveis também tiveram seus preços elevados: gás veicular subiu 3,84%, o etanol aumentou em 1,57%, enquanto o óleo diesel teve uma queda de 1,37%. Itens como passagens aéreas (4,97%) e automóveis novos (1,65%) contribuíram para a elevação do grupo de transportes.
Um ponto de destaque foi o reajuste nas tarifas de pedágio (2,44%), uma vez que houve um aumento nos valores cobrados no estado de São Paulo.
Além do grupo de transportes, as despesas pessoais tiveram um incremento de 0,38%.
Por outro lado, alguns grupos apresentaram quedas nos preços. No setor de habitação, houve uma diminuição de 1,01%, sendo a energia elétrica residencial a principal responsável por essa redução, com uma queda de 3,90%. Apesar disso, algumas cidades como Porto Alegre, São Paulo e Curitiba registraram reajustes para cima nesse setor.
No grupo de alimentação e bebidas, houve uma queda de 0,46%, sendo notáveis os decréscimos nos preços do feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%).
As despesas com alimentação fora do domicílio também desaceleraram, passando de 0,46% em junho para 0,21% em julho.
As maiores taxas de inflação foram registradas nas capitais de Belém e Porto Alegre, enquanto as maiores quedas nos preços ocorreram em Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente.
O IBGE foi o responsável por divulgar esses dados que delineiam o cenário inflacionário atual do país.