A vida sempre bela,
Fascinante e generosa
Deixa nas presas
E garras dos predadores
O sangue e migalhas de carne
Das caças (vitimas).
A vida, esse deslumbrante
Filme de horror,
Causa-me náuseas
Diante de imagens
Cruéis e creio
Desnecessárias, nas selvas,
Nos mares e praias.
Por que será
Preciso correr
Tanto sangue?
Por que e preciso
Viver uma guerra
Eterna aqui?
Que é isto afinal?
Por que tanta dor,
Tanto fazedor
De sofrimento,
Tanto promotor do caos?
Será a terra
Terra de ninguém?
Seremos todos nós
Servos do mal?
Seremos todos trevas
Em conluio com as trevas
A nos mover somente
Em direção ao precipício
Tendo por combustível
O ódio, o ódio, o ódio,
A desfaçatez,
A hipocrisia, aluxúria?