Pateticamente uma parcela da sociedade brasileira que demonstra a cada dia que tem aversão a leitura da história, e principalmente para acompanhar a memória política de alguns indivíduos que se colocam como alternativa de poder no país, está querendo comprar gato por lebre em relação a possibilidade de candidatura à Presidência da República em 2018 do representante da extrema-direita brasileira, o deputado federal carioca, Jair Bolsonaro.
Não precisa ser muito inteligente, ou ser um especialista em assuntos do mundo político, para entender que o que Bolsonaro quer mesmo, porque sabe que não tem grupo político e nem apoio político de grupos políticos consolidados, é de novo projetar seu nome para ficar em evidência, e de novo se eleger com folga para deputado federal, e talvez até mesmo ser um Senador da República.
Bolsonaro sempre foi um embuste em matéria de política, e prova disso é que em 26 anos como deputado federal não teve a capacidade de articulação política para aprovar mais do que os seus dois únicos projetos na Câmara dos Deputados. O que ele quer mesmo é continuar numa boa com foro privilegiado e um gabinete para continuar dizendo as bobagens que diz contra a população negra, que é a maior parcela da população brasileira, jogar seus impropérios contra homossexuais e minorias, e dizer que lugar de mulher é na cozinha.
Realmente não precisa resistir ao raciocínio para pelo menos dialogar com a sua própria história, repetindo as mesmas coisas há mais de vinte anos, para se saber que quem decide politicamente as eleições presidenciais nesse país jamais vai deixar de apoiar projetos políticos mais pautados em nossa própria realidade, para entrar em aventuras de um indivíduo que diz que se ganhar as eleições a primeira coisa que faz é destituir o Congresso Nacional, que ele mesmo faz parte.
Mesmo com todos nossos problemas não teremos necessariamente um ditador na Presidência da República, porque o próprio povo não quer e vai entender melhor isso na própria campanha eleitoral se ele participar, porque ninguém vai ser limitado de participar das eleições e não mostrar suas idéias tortas, talvez sem nem mesmo saber o que significa o Estado que abarca tudo de Giovanni Gentile.
Mas de uma coisa é certo, Bolsonaro aprendeu mesmo a lidar e manter seus fiéis eleitores, e tentar conquistar uma parcela do eleitorado que não ler os livros de história, e provavelmente não vai ler mais com a nova Reforma do Ensino Médio. Mas ele já começa a deixar a mosca azul das pesquisas eleitorais enfeitiçar seu juízo. Como é que pode dizer que não aceita numa democracia perder as eleições de 2018, e que se isso acontecer ele vai embora do Brasil? Fica difícil querer ser Presidente de uma nação democrática que se não votar nele, ele vai embora abandonando seu povo!